Com o passar do tempo, a proporção de investimentos de uma carteira pode se desviar da estratégia inicial devido ao desempenho de cada ativo. Para evitar que isso ocorra e prejudique os resultados, é necessário fazer um rebalanceamento de carteira.
Com ele, é possível fazer ajustes na sua estratégia, considerando o desempenho dos investimentos ao longo do tempo. Por esse motivo, aprender sobre essa prática é fundamental para gerenciar seus investimentos de forma mais eficiente.
A seguir entenda o que é o rebalanceamento da carteira e como ela pode ajudar a otimizar os retornos e minimizar os riscos!
O que é rebalanceamento de carteira?
O rebalanceamento de carteira é um processo no qual se ajustam as alocações de ativos no portfólio a fim de restaurar a distribuição de investimentos inicialmente estabelecida. Para tanto, você pode reduzir a exposição a alternativas que tiveram um desempenho superior e que podem estar com um peso maior na carteira.
Também pode ser o caso aumentar a proporção dos investimentos que tiveram um desempenho inferior e que podem estar com um peso menor na carteira. Isso permite que você mantenha a estratégia consistente, evitando que o portfólio se torne excessivamente concentrado em determinados ativos ou classes.
Dessa forma, você evita assumir riscos em excesso e diversifica seus investimentos para se beneficiar de diferentes oportunidades do mercado.
Qual a importância dessa estratégia?
Após aprender o que é o rebalanceamento de carteira, é o momento de descobrir a importância dessa estratégia para os resultados dos seus investimentos.
A seguir, entenda os principais pontos que revelam por que rebalancear o portfólio!
Controle do nível de exposição a riscos
O rebalanceamento permite que a alocação de ativos desejada inicialmente seja mantida, garantindo que a carteira permaneça alinhada com os objetivos e estratégia de investimento. Logo, ele evita a exposição a riscos desnecessários.
Por exemplo, imagine um investidor conservador que aloca uma pequena porcentagem de seu dinheiro em ações. Se ao longo do tempo esses papéis se valorizarem, o percentual de participação desses ativos aumentará em relação ao restante da carteira.
Nesse caso, o portfólio pode deixar de ser mais conservador e não apresentar o nível de segurança com que a pessoa se sente confortável. Então, ao fazer um rebalanceamento vendendo parte das ações e aplicando em alternativas menos arriscadas, por exemplo, é possível ter uma carteira mais conservadora e alinhada ao nível de risco tolerado.
Otimização de retornos
A estratégia também pode ajudar a otimizar os retornos e aproveitar oportunidades. Isso é comum, por exemplo, quando o foco é comprar na baixa e vender na alta. Afinal, comprar bons ativos subvalorizados permite se beneficiar de uma potencial valorização futura.
Em contrapartida, vender ativos sobrevalorizados permite realizar os ganhos e reinvesti-los em outras possibilidades. É o caso usar esse retorno para alocar em investimentos alternativos e ampliar a diversificação.
Manutenção da diversificação da carteira
Outro ponto que reflete a importância do rebalanceamento está relacionada à diversificação contínua do portfólio. Afinal, uma carteira bem diversificada é fundamental para mitigar os riscos específicos de cada ativo e aproveitar oportunidades de diferentes setores e classes do mercado financeiro.
Tomadas de decisões mais racionais
Por fim, o rebalanceamento traz disciplina à estratégia de investimento, pois ele evita comportamentos impulsivos em resposta às flutuações do mercado. Ao seguir uma abordagem predefinida, o investidor mantém a alocação conforme os objetivos estabelecidos.
Além disso, ele evita as tomadas de decisões emocionais baseadas no desempenho recente das alternativas, já que será possível se basear na estratégia definida anteriormente.
Quais os riscos de não rebalancear a carteira?
Além de saber a importância do rebalanceamento de carteira, é fundamental entender os riscos de não utilizar essa estratégia. Na prática, um dos principais pontos de atenção são as chances de ocorrer a concentração excessiva de recursos em determinados investimentos.
Se alguns ativos tiverem um desempenho maior do que outros, a participação relativa deles na carteira aumentará ao longo do tempo. Se no futuro essas alternativas sofrerem quedas, as perdas do seu portfólio poderão ser maiores do que o esperado.
Qual a frequência ideal para fazer o rebalanceamento da carteira?
Uma dúvida muito comum entre quem deseja fazer o rebalanceamento da carteira é qual a frequência ideal para aplicar a estratégia. Na prática, o critério usado pode variar dependendo dos objetivos financeiros, tolerância ao risco e preferências individuais de quem investe.
Logo, não há uma regra definitiva sobre a frequência exata, pois diferentes estratégias e circunstâncias podem requerer abordagens distintas. Assim, existem investidores que optam por um rebalanceamento periódico, definindo uma data fixa para realizar o processo.
Já outros definem faixas ou porcentagens específicas em que as alocações podem variar antes que o rebalanceamento seja acionado. Por exemplo, o investidor pode definir um limite de 15% para cada classe de ativos ou tipo de investimento.
Se a alocação de um determinado ativo desviar mais do que esse limite, o rebalanceamento será realizado. Essa abordagem permite que a carteira aproveite pequenas flutuações sem que seja preciso fazer mudanças frequentes no portfólio.
Além disso, o rebalanceamento pode ser desencadeado por eventos sistêmicos, como mudanças no cenário econômico, políticas governamentais ou desenvolvimentos nos mercados financeiros.
Quando ocorrem eventos que causam grandes efeitos na estratégia de investimento, pode ser apropriado aplicar a estratégia para ajustar o portfólio às novas condições. Porém, não se esqueça de que, no longo prazo, os impactos dessas mudanças tendem a ser menores.
Como rebalancear a carteira de investimentos?
Agora que você já conhece informações relevantes sobre o rebalanceamento de carteira, é o momento de aprender a rebalancear o seu portfólio. Inicialmente, é importante ter uma estratégia de alocação de ativos bem definida.
Assim, é necessário definir a porcentagem desejada para cada classe, desde os ativos convencionais até os investimentos alternativos. Para tanto, você deve considerar seus objetivos de investimento e nível de tolerância ao risco.
Então verifique a alocação atual da carteira em relação à estratégia estabelecida, analisando a porcentagem de cada ativo na carteira e comparando-os com os valores predefinidos. Depois, identifique quais investimentos apresentam uma participação acima ou abaixo do desejado.
A partir disso, determine os ajustes necessários para trazer a carteira de volta à estratégia inicial. O processo envolve decidir quais ativos comprar ou vender para equilibrar a carteira. Aqui, considere também as motivações para cada investimento, a fim de ajudar a identificar se é o momento ideal de encerrar determinada posição, por exemplo.
Vale lembrar que é importante considerar os custos, como taxas de corretagem e impostos, para tomar melhores decisões ao realizar as transações.
Neste post, você descobriu a importância de fazer o rebalanceamento da carteira de investimentos. Agora, esses conhecimentos podem ajudar a aplicar essa estratégia para minimizar os riscos e otimizar o potencial de retorno do seu portfólio!
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