Você provavelmente já ouviu falar em royalties em jornais e noticiários. O que nem todos sabem é que eles podem ser relevantes para seus investimentos e que, inclusive, há diversos tipos de royalties existentes no mercado.
Esses direitos estão presentes em contratos de diversos segmentos, estando atrelados ao uso de propriedade intelectual, recursos naturais ou tecnologia. Mas eles podem variar bastante em termos de regras e funcionamento, portanto, é necessário conhecer as possibilidades.
Neste artigo, você saberá o que são e quais são os tipos de royalties, além de descobrir como selecionar os seus investimentos a partir desses conhecimentos.
Acompanhe!
Como funcionam os royalties?
O termo royalty, singular de royalties, vem da língua inglesa e em tradução livre significa realeza ou o que pertence à realeza. No contexto atual, entretanto, ele representa uma quantia cobrada pelos direitos sobre um bem material ou imaterial, conferindo a possibilidade de uso, exploração ou comercialização do mesmo.
Desse modo, os royalties podem ser utilizados em contratos no setor público ou privado, aplicando-se a bens relacionados à propriedade intelectual. No âmbito privado, eles abrangem tecnologias patenteadas, marcas registradas ou obras com copyright.
Isso significa que as invenções patenteadas podem ser utilizadas por terceiros, desde que eles paguem os direitos do detentor da patente e obtenham o seu consentimento.
No setor público, os royalties estão relacionados ao uso de recursos naturais não renováveis, como petróleo e gás natural. O dinheiro arrecadado é revertido à União, aos estados, ao Distrito Federal (DF) e aos municípios beneficiados pelas empresas produtoras.
Quais os principais tipos de royalties?
Como você viu, existem diferentes tipos de royalties, que devem ser compreendidos para entender como eles podem compor a estratégia de investimentos.
Confira quais são eles!
Royalties de propriedade intelectual e direitos autorais
Os royalties de propriedade intelectual são uma forma comum de gerar renda a partir de patentes, marcas registradas, direitos autorais e outros ativos abstratos. Alguns exemplos que se enquadram nessa categoria são:
- músicas;
- peças teatrais;
- fotografias;
- imagens em geral;
Empresas ou artistas que detêm propriedade intelectual muitas vezes licenciam esses direitos a terceiros em troca de pagamentos recorrentes. Desse modo, para reproduzir os bens de forma comercial, é necessário remunerar os autores.
O não cumprimento dessas regras configura o crime de plágio, que pode acarretar processos e multas. O valor do direito varia conforme alguns elementos, como quantidade de reproduções, alcance, popularidade da obra, entre outros.
Royalties de recursos naturais
Outra categoria de royalties está relacionada aos recursos naturais, como petróleo, gás, minerais e madeira. Nesse caso, eles têm como função compensar a sociedade pela exploração e uso desses materiais.
A quantia correspondente é recolhida mensalmente das concessionárias responsáveis. Como você viu, eles são destinados à União, aos governos estaduais, ao DF e às prefeituras municipais.
Royalties de tecnologia
Os royalties de tecnologia são pagamentos feitos por empresas ou indivíduos que desejam usar, licenciar ou incorporar tecnologia patenteada de terceiros em seus produtos, serviços ou processos. Eles compensam os detentores dos outros ativos intelectuais relacionados à tecnologia, pelo uso e exploração dessas inovações.
Os royalties de tecnologia são uma maneira de incentivar a inovação, permitindo que criadores sejam recompensados financeiramente por suas descobertas. Do mesmo modo, eles permitem que outras empresas aproveitem essas inovações em seus próprios produtos e serviços.
Royalties de franquias
Entre os exemplos de compensação financeira no mercado estão os royalties de franquias. Esses são pagamentos recorrentes que os franqueados, ou seja, aqueles que operam uma franquia, fazem aos franqueadores — os detentores da marca e do modelo de negócios.
Nesse sentido, os royalties são a remuneração pelo direito de usar a marca, o sistema operacional e o suporte contínuo fornecidos pela franquia. Os pagamentos costumam ser calculados como uma porcentagem da receita bruta ou vendas líquidas da unidade franqueada.
Esse contrato permite que os franqueadores expandam suas operações por meio de terceiros. Similarmente, os franqueados se beneficiam da marca reconhecida e do modelo de negócios comprovado, recebendo apoio e treinamento contínuos.
Quais as vantagens de investir neles?
Investir em royalties pode ser uma forma de diversificação em ativos alternativos, que ajudam a equilibrar os riscos da carteira. Isso porque eles são descorrelacionados dos investimentos tradicionais, expondo seu portfólio a riscos distintos.
Vale notar que, nesses investimentos, não há previsibilidade em relação ao desempenho, o que exige atenção especial quanto à segurança. Por outro lado, essa pode ser uma oportunidade para potencializar a rentabilidade.
Como investir em royalties?
Agora que você já conhece os tipos de royalties e o funcionamento desse pagamento, é o momento de entender a relação entre eles e os seus investimentos. Nas empresas que têm suas ações negociadas, por exemplo, entender a necessidade de pagamento dessa compensação ajuda a analisar a alternativa.
Companhias como a Petrobras têm a despesa recorrente com os royalties de recursos naturais e isso impacta os seus resultados financeiros. Logo, esse gasto interfere na distribuição de proventos, que tendem a ser o interesse de alguns investidores.
Já as companhias que recebem os royalties contam com uma receita recorrente proveniente desse direito. É o caso de franquias, como o Burger King, que mantém franqueados por diversos estados brasileiros.
Mas além dessa exposição indireta aos royalties, é possível investir diretamente nesses direitos. No entanto, eles não estão disponíveis em ambientes tradicionais, como a bolsa de valores. Em vez disso, existem alguns caminhos para adicionar essas alternativas à carteira.
Confira quais são elas!
Investimento direto
Uma das maneiras de investir em royalties é pela compra direta. Essa é uma opção mais complexa, em que existe a necessidade de buscar a parceria com o detentor dos direitos. No caso de um royalty musical, por exemplo, a negociação seria com artistas e compositores.
Nesse caso, o investidor adquire uma porcentagem dos seus recebimentos. Mas é necessário ter um investimento mais alto, além da realização de uma análise do acervo musical.
Ativos reais
Outra forma de investir em royalties é por ativos reais, que são investimentos alternativos feitos por títulos de crédito. Nessa operação, os detentores dos direitos cedem temporariamente os seus recebimentos. Em compensação, eles recebem um adiantamento da quantia que seria resgatada no futuro, menos um deságio.
Assim, os investidores adquirem esses títulos com base nos direitos autorais, recebendo uma parcela dos resultados. No caso das músicas, esse valor tende a ser pago a partir das execuções e usos da obra. É possível lucrar na diferença entre o valor pago pelo título e a quantia obtida em direitos.
Para essa operação, é necessário contar com uma plataforma de ativos reais que ofereça essa alternativa, como a Hurst Capital. Dessa forma, você poderá investir em diferentes tipos de royalties, incluindo os do tipo musical.
Conseguiu entender como funcionam os diferentes tipos de royalties e como investir nessa alternativa? Essa pode ser uma forma de diversificação da carteira e com outras vantagens relevantes. Contudo, não se esqueça de que a decisão deve ser baseada no seu perfil e objetivos.
Quer adotar uma estratégia de investimentos em ativos reais? Entre em contato com a Hurst Capital e explore essas alternativas!