Após acumular patrimônio ao longo da vida, como bens e ativos, outro desafio que surge é garantir a proteção das posses. Para tanto, é importante considerar estratégias de blindagem patrimonial.
Como o nome sugere, ela visa criar mecanismos de segurança para os bens de uma pessoa. Inclusive, as práticas podem se estender para seus investimentos, criando um portfólio capaz de enfrentar períodos de crise mais facilmente.
Quer saber mais sobre o assunto? Neste conteúdo, você entenderá o que é a blindagem patrimonial e como construir um portfólio à prova de crises usando ativos alternativos.
Acompanhe a leitura!
O que é blindagem patrimonial?
A blindagem patrimonial é uma estratégia financeira que visa proteger os ativos de uma pessoa ou empresa contra riscos. Ou seja, ela é o ato de resguardar os próprios bens contra eventuais perdas, de maneira legal.
Existem diversas situações que podem afetar os recursos de uma pessoa. É por isso que, uma vez que você tenha construído um patrimônio e acumulado bens, é crucial assegurar sua proteção para evitar perdas que anulem os esforços empreendidos.
Com a blindagem, a ideia é adotar medidas e estruturas legais que visam resguardar o patrimônio. O objetivo da estratégia é minimizar a exposição a eventuais processos judiciais, credores, litígios e outras adversidades financeiras.
Além desse aspecto, a blindagem consegue gerar proteção contra a instabilidade do mercado. Como a economia e o mercado financeiro tendem a enfrentar oscilações e até crises com certa periodicidade, vale a pena buscar maneiras de se proteger.
Como o processo funciona?
Em relação ao funcionamento, a blindagem patrimonial envolve utilizar estratégias legais que protegem os recursos. Existem medidas mais comuns para atingir o objetivo, como doação de bens, criação de holdings e de fundos exclusivos.
Por buscar minimizar a exposição a eventuais adversidades financeiras, as ações devem ser tomadas antes que o risco de perder o capital apareça. Ademais, cabe ressaltar que há diferentes tipos de blindagem patrimonial — como familiar, pessoal ou empresarial.
Quem pode fazer a blindagem do patrimônio?
Compreendendo o que é e como funciona a blindagem patrimonial, vale saber que qualquer pessoa que deseja proteger seu portfólio tem a possibilidade de recorrer às estratégias. A diferença é que a escolha da prática dependerá das suas necessidades e objetivos.
Por exemplo, quem tem uma empresa com sócios pode buscar formas de separar os bens da pessoa física em relação à jurídica. A medida ajuda a reduzir os riscos de as dívidas pessoais afetarem o patrimônio da companhia, por exemplo.
Já quem investe e pretende proteger os resultados que já conquistou — e aqueles que deseja obter — pode buscar alternativas para compor um portfólio mais equilibrado. A prática ajuda a mitigar riscos elevados, mesmo diante das oscilações do mercado.
Qual a importância de fazer a blindagem do seu patrimônio?
Você aprendeu que a blindagem patrimonial desempenha um papel crucial na proteção dos bens e do patrimônio de pessoas físicas e jurídicas. Portanto, ela é frequentemente adotada por diversos investidores e empresários.
Confira detalhes sobre a importância de adotar esse recurso!
Proteção do patrimônio
Como você viu, ao implementar a blindagem patrimonial, é comum que os empresários separem o patrimônio pessoal do empresarial. Assim, há uma limitação da responsabilidade dos sócios ou acionistas se ocorrerem litígios legais ou outros problemas.
Em cenários envolvendo ações judiciais, a estratégia pode evitar que os bens sejam afetados pelo processo. Já no contexto pessoal, a blindagem desempenha um papel fundamental na preservação do patrimônio de uma família.
Para aqueles que investem, a prática também assume papéis de destaque. Isso acontece porque é natural que o mercado financeiro enfrente períodos adversos. Situações como o cenário político, crises econômicas, tensões globais e resultados de empresas são exemplos que podem impactar uma carteira.
Diante de situações como essas, a blindagem patrimonial é relevante para os investidores conseguirem se proteger. Com a estratégia, eles têm a possibilidade de compor um portfólio que se mantenha equilibrado em meio a crises.
Planejamento tributário
Outro ponto interessante é que a estratégia oferece benefícios em termos de planejamento tributário. Afinal, estruturar os ativos de forma eficiente, utilizando instrumentos legais e jurisdições favoráveis, tende a resultar em uma redução da carga tributária sobre as posses.
O benefício é aproveitado principalmente por quem tem um patrimônio elevado e precisa pagar alíquotas altas de imposto. Nesse sentido, é possível obter economia tributária de forma legalizada e justa por meio de caminhos que permitem arcar com suas obrigações perante a Receita Federal.
Uma possibilidade é criar empresas que reduzem a carga fiscal e ainda protegem seu patrimônio pessoal. Ao economizar com impostos, você pode impulsionar o crescimento do seu capital, pois menos dinheiro será gasto com tributos.
Planejamento sucessório
Quem constrói patrimônio costuma se preocupar em garantir o conforto e a segurança financeira dos familiares. Nesse contexto, o planejamento sucessório é uma ferramenta a ser considerada, pois o plano estabelece como ocorrerá a distribuição de bens entre os herdeiros.
Logo, existem estratégias de blindagem patrimonial que ajudam a organizar a divisão da herança ou deixar determinados bens acessíveis aos sucessores por meio de transferência direta.
Quais são os exemplos de práticas de proteção?
Agora você sabe que existem diferentes estratégias que contribuem para a blindagem patrimonial. Veja quais são as principais práticas utilizadas por quem deseja proteger o patrimônio!
Previdência Privada
Uma forma de proteger o portfólio e o patrimônio é fazer um plano de Previdência Privada. A alternativa é vinculada a um fundo de investimento, mas possui regras próprias. Devido a sua dinâmica, ela é bastante utilizada para planos de longo prazo — como complementar a aposentadoria.
O fundo é administrado por um gestor profissional, e os recursos reunidos ao longo do tempo podem ser utilizados após o prazo de acumulação. Além de ser uma forma de proteger seu capital, há como usufruir de vantagens tributárias por meio da Previdência Privada.
Ainda, o montante normalmente não é dividido por meio de inventário. Por fim, o investidor consegue escolher quem receberá o capital após seu falecimento, seguindo a legislação vigente.
Holding familiar
Outro exemplo de prática de proteção patrimonial consiste em criar uma holding familiar. Trata-se de uma estrutura empresarial feita para gerenciar e controlar o patrimônio de uma família.
A partir dela, há a despersonalização do patrimônio. Em vez de estarem ligados a um CPF, os bens ficam vinculados a um CNPJ. Assim, a holding familiar pode facilitar a gestão dos bens e ainda gerar incentivos fiscais para reduzir cargas tributárias.
Diversificação da carteira
Já para investidores, a diversificação da carteira é uma estratégia muito utilizada no contexto da proteção patrimonial. Ela consiste em distribuir os aportes em diferentes classes, setores e modalidades, a fim de reduzir os riscos e maximizar os retornos.
Logo, ao diversificar seus investimentos, você dilui o impacto das oscilações de preços em sua carteira. Isso significa que, mesmo que uma classe de ativos ou um setor esteja passando por turbulências, outros investimentos podem manter a estabilidade do portfólio.
Note que, nesse caso, não basta buscar investimentos diferentes. Eles devem estar expostos a tipos e níveis de riscos distintos. Assim, você tem a certeza de que a diversificação será verdadeira e poderá ajudar na proteção da carteira.
Ativos alternativos ajudam na blindagem patrimonial?
Outra boa prática para auxiliar na blindagem patrimonial é o investimento em ativos alternativos. Eles recebem esse nome por não se encaixarem na classificação dos investimentos tradicionais, como aqueles encontrados na bolsa de valores e nas plataformas das instituições financeiras.
Em geral, os ativos alternativos costumam ajudar na blindagem pela descorrelação com os mercados convencionais. Ou seja, seus retornos não estão diretamente ligados aos movimentos do mercado financeiro tradicional, tendendo a se comportar de modo independente.
A característica contribui para a redução do risco de perdas durante períodos de turbulência do mercado. Além disso, ativos alternativos costumam apresentar um potencial de retorno superior em relação aos investimentos tradicionais.
Existem diversos exemplos de ativos alternativos, como:
- obras de arte;
- royalties musicais;
- precatórios;
- criptoativos;
- crowdfunding imobiliário.
Portanto, diversificar a carteira com investimentos em ativos alternativos pode ser uma estratégia eficaz para quem busca proteger e aumentar o patrimônio.
Quais cuidados tomar no processo de proteção patrimonial?
Apesar de ser relevante proteger o patrimônio, é preciso ter certos cuidados ao adotar uma abordagem de blindagem. Primeiramente, você deve ter consciência prévia dos riscos aos quais poderá se expor antes de investir — o que facilitará o gerenciamento da questão.
Também é pertinente começar a blindagem logo cedo. Um erro comum a muitos investidores e empresários é pensar na proteção apenas quando já estão enfrentando uma crise. Nesses casos, há chance de as estratégias não surtirem o efeito esperado.
Vale destacar que a proteção patrimonial não é uma medida única e estática. Monitore regularmente seus ativos e avalie a eficácia das estratégias adotadas. As circunstâncias podem mudar ao longo do tempo, tornando necessário ajustar e atualizar as medidas escolhidas de acordo com o cenário apresentado.
Com esta leitura, você entendeu o que é a blindagem patrimonial e como a prática tende a ser positiva para o gerenciamento de riscos dos seus investimentos. Entre as possibilidades, há os ativos alternativos para compor sua carteira e aumentar a resistência dela às crises.
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