A correlação entre bonds e equities agora é maior. Entenda!

A correlação no mercado financeiro é uma característica que indica como investimentos diferentes se comportam diante das mesmas condições. Na hora de compor uma carteira, é importante considerar essa característica, já que ela pode interferir nos riscos do portfólio. Por isso, vale a pena saber como o conceito funciona entre bonds e equities, por exemplo. 

Como os investimentos fazem parte de classes diferentes, é esperado que eles tenham comportamentos opostos. No entanto, não é incomum observar uma crescente correlação positiva entre essas alternativas — e isso pode afetar seus resultados. 

Pensando nessa questão, descubra o que é a correlação entre os bonds e equities e veja por que ela tem se tornado cada vez mais positiva! 

O que são bonds?  

Os bonds são títulos de renda fixa — normalmente, negociados no mercado internacional. Eles funcionam como um empréstimo, concedido pelo investidor ao emissor. 

A ideia é que o investidor disponibilize os recursos e, em troca, tenha o direito de receber o dinheiro investido mais juros no vencimento. Esses títulos podem ser emitidos tanto por empresas quanto pelo Governo. 

O que são equities?  

Já as equities se relacionam ao investimento baseado na aquisição de uma parte do patrimônio líquido de uma empresa ou um fundo de investimentos. Logo, são exemplos de equities as ações de empresas negociadas na bolsa ou cotas de fundos. 

Ao adquirir equities, você passa a ter direito de participar dos resultados da companhia ou do fundo. Desse modo, a lógica é diferente em relação aos bonds, que funcionam como empréstimos.  

Se uma empresa emitir um bond, o investidor se torna um credor. Já se ela negociar equities, é como se o investidor passasse a ser um sócio. 

Qual é a correlação entre bonds e equities?  

Até aqui, você entendeu que bonds e equities funcionam de forma diferente. Como consequência, eles também têm riscos distintos, até porque os títulos fazem parte da renda fixa e as equities integram a renda variável. Por causa disso, é interessante entender como eles se correlacionam. 

Em muitas situações, bonds e equities apresentam uma correlação negativa. Isso significa que enquanto um tipo de investimento oferece melhores resultados, o outro rende menos. É o que acontece, por exemplo, quando a taxa básica de juros está baixa e a economia está em crescimento. 

Nessa situação, é comum que as equities sejam favorecidas, já que as empresas e os fundos tendem a obter mais ganhos, enquanto os bonds rendem menos. O contrário também costuma ser verdadeiro. 

No entanto, nem sempre a correlação entre eles é negativa. Existem diversas situações em que a correlação de bonds e equities se torna positiva. Isso significa que, guardadas as devidas proporções, os desempenhos de ambos os tipos de investimentos são semelhantes. 

Nesses cenários, o mais comum é que haja uma desvalorização dos dois tipos de investimentos. Ou seja, ao mesmo tempo que as cotas e ações apresentam quedas, os bonds são vendidos antecipadamente por preços menores. 

Por que essa correlação está ainda maior?  

Ao longo de 2022 e no começo de 2023, o cenário macroeconômico passou a colaborar para aprofundar a correlação positiva entre bonds e equities. Por causa das condições apresentadas, a tendência é que esses tipos de investimentos se comportem de modo parecido. 

Para entender melhor como isso acontece, vale a pena saber quais são os motivos para essa correlação positiva ser cada vez maior. 

Confira! 

Inflação alta 

O aumento da inflação é um dos responsáveis pela correlação positiva entre bonds e equities. Isso porque o aumento dessa taxa, normalmente, motiva um crescimento na taxa de juros dos países. Como o movimento tende a diminuir a atividade econômica, as equities costumam se desvalorizar. 

Teoricamente, essa configuração aumenta o potencial de ganhos da renda fixa. Porém, a perda do poder de compra também pode ser maior. Em cenários em que a inflação é maior que o retorno dos bonds, por exemplo, eles tendem a se tornar menos interessantes. 

Estagflação 

Outro cenário pode motivar a correlação positiva entre bonds e equities: a estagflação. Esse termo é fruto da junção entre “estagnação” e “inflação” e representa períodos em que a alta inflacionária é acompanhada de um baixo crescimento. 

Essa situação é especialmente importante porque ela afeta o apetite ao risco do mercado. Em geral, os investidores têm menor tolerância aos riscos e podem perder o interesse em alternativas que prometem fluxos futuros — o que inclui bonds e equities. Sendo assim, a tendência é que os investimentos se comportem de forma parecida.  

Aumento na volatilidade 

No geral, o aumento da volatilidade do mercado também é responsável por estimular a correlação positiva entre bonds e equities. Isso acontece porque um mercado mais volátil é mais arriscado e menos previsível. 

Como consequência, as equities se tornam naturalmente mais arriscadas, já que elas não apresentam garantia de retorno. Porém, os bonds também podem ficar menos previsíveis, devido ao aumento do risco de crédito. 

Nessa situação, tende a haver uma queda generalizada do apetite ao risco por parte dos investidores. Como você viu, isso pode fazer com que haja menos interesse tanto em títulos quanto em ações ou cotas de fundos. 

Qual é o impacto dessa correlação para o investidor?  

Agora que você sabe o que pode aprofundar a correlação positiva entre bonds e equities, é preciso compreender que essa configuração pode afetar seus resultados. O principal motivo está relacionado aos riscos envolvidos. 

Diante de uma correlação positiva elevada e se aprofundando, os riscos da sua carteira se tornam cada vez menos diversos. Já que bonds e equities se comportam de forma semelhante, os movimentos do mercado causam um impacto homogêneo no seu portfólio. 

Como consequência, há maior concentração de recursos e mais riscos, já que a maior parte do seu patrimônio pode ser afetada ao mesmo tempo, pelas mesmas condições. Na prática, isso pode dificultar o alcance dos seus objetivos financeiros. 

Para lidar com essa questão, é interessante pensar nos investimentos alternativos, como em ativos reais. Como eles são descorrelacionados do mercado convencional, esses investimentos o ajudam a diversificar a carteira de modo efetivo, diminuindo os riscos. 

Assim, é possível lidar com a correlação positiva entre bonds e equities de forma mais efetiva, favorecendo o alcance dos resultados desejados. 

Agora você sabe o que pode fazer a correlação entre bonds e equities se tornar mais positiva. Como esse cenário aumenta os riscos da sua carteira, é importante recorrer à diversificação — o que pode ser feito com ajuda dos investimentos alternativos. 

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