A escolha dos investimentos que irão compor sua carteira passa por diversas variáveis, e uma das que deve ser observada com atenção é a correlação de ativos.
Ela está diretamente ligada com a construção de um portfólio diversificado e, consequentemente, mais resiliente e resistente a crises e outros contratempos.
Quando um investidor ignora a correlação entre os investimentos que escolhe, ele fica suscetível e exposto a um risco muito maior.
Por isso, é importante que a correlação de ativos seja levada em consideração na hora de montar sua carteira.
Nesse artigo vamos nos aprofundar nesse conceito e utilizar alguns exemplos práticos.
O que é correlação de ativos?
Para falar sobre correlação será necessário adentrarmos no campo da estatística, que a definiu como uma forma de entender a relação entre duas variáveis.
Quando estamos lidando com investimentos, a correlação está relacionada justamente a dois ativos distintos, e de que forma a variação de um pode influenciar o outro.
Podemos dizer que ela ajuda a decifrar quais investimentos possuem comportamentos semelhantes ou distintos de acordo com as movimentações da economia.
A correlação entre ativos varia entre 1, quando há uma correlação perfeitamente positiva, e –1, quando é perfeitamente negativa. Há também a correlação neutra, quando ela é igual ou muito próxima a zero.
Tipos de correlação de ativos
Como exemplificamos, a correlação irá dizer como certos ativos se comportam em relação a outros, e ela pode ser positiva, negativa ou neutra.
Na correlação positiva temos dois ativos distintos que têm uma curva de crescimento semelhante. Ou seja: quando um sobe, o outro também tende a subir, e o mesmo acontece na queda.
Se você tiver na sua carteira ações da Bolsa e decidir investir também no BOVA11, que é um ETF que acompanha o Ibovespa, a correlação entre esses dois ativos será positiva.
Isso porque ambos estão inseridos no mesmo mercado e possuem um comportamento semelhante.
A correlação negativa diz respeito a dos ativos que têm comportamentos totalmente opostos: se um deles subir, o outro estará em queda.
Como exemplo usaremos novamente o Ibovespa, mas dessa vez em comparação com a taxa Selic.
Quando a taxa de juros aumenta, os investidores tendem a aumentar sua alocação em renda fixa, já que esses investimentos se tornam mais vantajosos.
Em momentos de Selic em baixa, os investidores voltam seus esforços para a renda variável em busca de maiores lucros.
Dessa forma, a correlação entre a Selic e o Ibovespa é negativa, já que a valorização de um leva à queda do outro e vice-versa.
Já a correlação neutra diz respeito a dois ativos que não são afetados de nenhuma forma entre si – o que acontece em um mercado não tem influência no outro.
Também podemos dizer que esses ativos são descorrelacionados entre si.
Qual a importância de analisar a correlação dos seus investimentos?
Parece óbvio, mas para muita gente o exercício de analisar a correlação dos ativos que compõem o portfólio não é uma tarefa comum.
Mas é importante que seja feita.
Ao incluir no seu portfólio diferentes ativos com diferentes correlações, você está agregando maior proteção ao seu dinheiro – e podemos chamar esse movimento de diversificação.
Uma carteira composta somente por ativos com correlação positiva pode ter um risco muito alto, afinal, qualquer instabilidade no mercado afetará todo seu patrimônio.
A diversificação ideal deve levar em consideração ativos que possuam correlação negativa e também que estejam descorrelacionados entre si.
Um bom exemplo de investimento descorrelacionado com a Bolsa de Valores e o mercado de capitais são os ativos reais.
Isso porque eles não são negociados no mercado financeiro, nenhum banco ou corretora irá te oferecer essas opções.
Eles são ativos ligados diretamente à economia real e por isso não sofrem os impactos das crises, circuit breakers ou cortes da Selic.
Quer saber mais?
Clique no banner abaixo e baixe gratuitamente o e-book OS ATIVOS À PROVA DE CRISE e aprenda a investir nesse mercado.
I just like the helpful information you provide for your articles. Adi Tomlin McClelland
Respect to article author, some wonderful entropy. Tildie Hunfredo Ashjian