Muitos investidores só percebem a correlação de ativos quando algo dá errado. O mercado cai, uma notícia negativa surge, e de repente vários investimentos da carteira começam a cair ao mesmo tempo. A sensação é sempre a mesma: “Achei que estava diversificado, mas tudo se mexeu junto.”
Esse movimento não acontece por acaso. Ele tem relação direta com a forma como os ativos estão conectados entre si, mesmo quando parecem diferentes à primeira vista.
Entender correlação de ativos ajuda o investidor a enxergar o que realmente sustenta a carteira e quais riscos ela carrega quando o cenário muda.
O que é correlação de ativos, indo além da definição básica
Correlação de ativos mede o quanto um investimento é influenciado pelo comportamento de outro. Em termos simples, ela mostra se dois ativos costumam reagir da mesma forma aos mesmos acontecimentos.
Quando dois ativos têm alta correlação, eles tendem a subir e cair juntos porque respondem aos mesmos fatores de risco. Quando a correlação é baixa, esses fatores são diferentes, e o comportamento tende a variar.
O ponto central é entender que ativos se correlacionam por causa do que os afeta, e não por causa do nome que recebem.
Por que muitos ativos estão ligados, mesmo parecendo diferentes
No dia a dia, muitos investidores acreditam que têm ativos variados porque possuem ações, fundos, ETFs e até renda fixa na carteira. No entanto, quando olhamos com mais atenção, percebemos que boa parte desses investimentos depende das mesmas engrenagens.
Ações, por exemplo, tendem a se correlacionar entre si porque respondem a expectativas de crescimento, juros, inflação e confiança na economia. Fundos de ações e ETFs seguem o mesmo caminho, já que carregam essas mesmas ações dentro deles.
Mesmo alguns ativos de renda fixa podem se correlacionar com o mercado financeiro em determinados momentos. Quando os juros sobem de forma inesperada, títulos sofrem. Quando o cenário fiscal piora, o risco aumenta e os preços reagem.
Ou seja, embora o formato seja diferente, o motor que move esses ativos é o mesmo.
Como a correlação aparece na prática na sua carteira
A correlação de ativos fica clara em momentos de estresse. Imagine um dia em que uma notícia política negativa surge. O investidor abre o aplicativo e percebe que ações caíram, fundos também, e até investimentos que pareciam mais defensivos sofreram algum impacto.
Nesse momento, a correlação se manifesta porque todos esses ativos estão reagindo à mesma fonte de risco. O problema não é o evento em si, mas o fato de a carteira depender excessivamente de um único cenário para funcionar bem.
Por isso, uma pergunta simples ajuda muito:
se o mercado financeiro passar por um período ruim, o que acontece com a maior parte dos meus investimentos?
Se a resposta for “quase todos sofrem juntos”, a correlação da carteira é alta.
Exemplos comuns de ativos que costumam andar juntos
De forma geral, ativos ligados ao mercado financeiro tradicional costumam apresentar correlação elevada, principalmente em momentos de incerteza. Ações, fundos de ações, ETFs e multimercados tendem a reagir de forma semelhante a mudanças de juros, política econômica e humor do mercado.
Isso não significa que esses ativos sejam ruins. Significa apenas que eles não se protegem entre si quando o cenário muda. Em vez disso, amplificam o mesmo movimento, para cima ou para baixo.
É por isso que muitos investidores sentem que diversificaram, mas continuam expostos ao mesmo risco central.
Onde entram os ativos com baixa correlação
Ativos com baixa correlação funcionam de forma diferente porque não dependem dessas mesmas variáveis. Eles não precisam que a bolsa esteja bem, que o investidor esteja otimista ou que o cenário macro esteja favorável.
Esses ativos costumam estar ligados à economia real, a atividades que continuam acontecendo independentemente do mercado financeiro. Por isso, eles seguem outra lógica de performance.
Na prática, eles ajudam a quebrar a dependência da carteira em relação a um único cenário.
Trazendo para a vida real: exemplos fáceis de entender
Pense no investimento em capital de giro para bares e restaurantes. O retorno não depende da bolsa subir ou cair. Ele depende de um setor essencial continuar funcionando. As pessoas continuam comendo fora, pedindo comida e frequentando restaurantes, mesmo quando o mercado financeiro está instável.
Por isso, esse tipo de ativo costuma apresentar baixa correlação com ações, fundos e ETFs. Ele segue o fluxo de pagamentos de milhares de estabelecimentos espalhados pelo país, e não o humor do mercado.
Outro exemplo vem do setor audiovisual. Investimentos em filmes na fase de distribuição também não dependem de juros, inflação ou política monetária para gerar receita. O retorno está ligado à exploração comercial das obras.
Nesse contexto, o investidor financia uma etapa concreta do ativo. Em alguns casos, esse catálogo inclui filmes indicados ao Globo de Ouro, o que reforça o potencial comercial — mas, mais importante, mostra que o retorno vem de uma lógica própria, não do mercado financeiro tradicional.
Correlação de ativos como ferramenta inteligente
Quando o investidor entende correlação de ativos, ele deixa de escolher investimentos apenas pelo nome ou pela promessa de retorno. Ele passa a olhar para a função de cada ativo dentro da carteira.
A pergunta deixa de ser “quanto rende?” e passa a ser “como isso se comporta quando o cenário muda?”. Essa mudança de olhar traz mais equilíbrio, menos sustos e mais consistência ao longo do tempo.
Onde encontrar ativos com baixa correlação
Hoje, já é possível acessar investimentos que não guardam correlação direta com o mercado financeiro tradicional. É possível investir em operações ligadas à economia real, como capital de giro para milhares de bares e restaurantes em todo o Brasil, ou em ativos culturais, como filmes em fase de distribuição, inclusive produções reconhecidas internacionalmente.
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