A escolha entre ativos digitais e renda variável depende da tolerância ao risco, do prazo de retorno e da relação com liquidez e oscilações.
Criptomoedas e ações têm ganhado destaque entre os brasileiros que buscam novas formas de rentabilidade, mas representam dinâmicas bem diferentes dentro da renda variável.
Enquanto um oferece exposição à inovação e descentralização, o outro ainda é o principal canal de acesso à economia real.
Se você está avaliando investir em criptomoedas ou investir em ações, vale olhar além da rentabilidade. Perfil de investidor, riscos envolvidos e oportunidades de diversificação precisam entrar na conta.
Neste conteúdo, vamos explorar as diferenças entre criptomoedas e ações, ajudar você a alinhar suas escolhas com seus objetivos e mostrar como outros tipos de ativos também podem fazer parte da sua estratégia.
Diferenças entre criptomoedas e ações
Antes de decidir entre criptomoedas ou ações, é importante entender o que cada uma representa, como funcionam e por que atraem diferentes perfis de investidor.
Embora ambos estejam dentro da renda variável e compartilhem características como volatilidade e possibilidade de valorização, tratam-se de ativos com estruturas e propósitos bem distintos.
O que são criptomoedas e como funcionam?
As criptomoedas são ativos digitais criados com base em tecnologia de blockchain, que permite transações descentralizadas e sem intermediários.
O Bitcoin, por exemplo, foi a primeira criptomoeda a ser adotada em larga escala, inaugurando um novo modelo de sistema financeiro digital.
Essa lógica de descentralização financeira permite que o investidor tenha autonomia total sobre seus ativos, podendo negociar a qualquer hora do dia, inclusive aos finais de semana.
Não é preciso comprar uma moeda inteira: é possível começar a investir em criptomoedas com frações mínimas.
Além do potencial de valorização, o universo cripto vem atraindo atenção por suas inovações em áreas como DeFi, Web 3.0 e ativos tokenizados.
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O que são ações e como funcionam?
Já as ações representam pequenas parcelas do capital social de uma empresa. Quando você decide investir em ações, está se tornando sócio daquela companhia e, portanto, sujeito ao desempenho econômico dela.
As ações são negociadas em ambientes regulados, como a bolsa de valores (B3 no Brasil), durante horários específicos. Seu valor varia de acordo com fatores como resultados financeiros, projeções de crescimento, cenário macroeconômico e o humor do mercado.
Apesar de fazerem parte do grupo de ativos voláteis, as ações costumam ter uma volatilidade menor do que a das criptomoedas, o que pode atrair investidores com perfil mais moderado, ainda dentro da renda variável.
Rentabilidade estimada e riscos percebidos
Comparar ações ou criptomoedas passa obrigatoriamente por entender suas diferenças em termos de risco e rentabilidade. Ambos os ativos podem oferecer ganhos expressivos, mas não sem exposição a perdas igualmente relevantes.
As criptomoedas tendem a apresentar uma volatilidade maior, com oscilações intensas de preço em curtos períodos. Mesmo com um histórico de grandes valorizações (como o do Bitcoin nos últimos anos), o risco de quedas abruptas também é alto.
Eventos como mudanças regulatórias, falhas de segurança, movimentações de grandes investidores ou novidades tecnológicas podem afetar diretamente o desempenho.
Já ao investir em ações, a volatilidade está mais associada ao desempenho das empresas e ao cenário econômico. Crises, mudanças políticas ou balanços negativos podem influenciar a cotação das ações.
Por outro lado, empresas consolidadas e setores estratégicos tendem a apresentar retornos mais estáveis no longo prazo, com distribuição de dividendos e crescimento gradual de valor.
Nenhum desses ativos oferece previsibilidade de retorno. São investimentos que exigem tolerância ao risco e, principalmente, conhecimento para aproveitar os momentos de valorização e reagir diante das quedas.
Perfil de investidor: como escolher entre criptomoedas ou ações
Saber se criptomoedas ou ações combinam mais com você começa por um ponto-chave: entender seu perfil de investidor. Essa autoanálise envolve avaliar sua tolerância ao risco, seus objetivos financeiros e o prazo que pretende manter os investimentos.
Tanto investir em ações quanto investir em criptomoedas exige disposição para lidar com oscilações, mas a intensidade e a frequência dessas variações — assim como os riscos envolvidos — são diferentes.
Por isso, antes de tomar qualquer decisão, vale identificar com qual categoria de investidor você mais se identifica.
Investidores conservadores, moderados e arrojados
- Conservador: prefere estabilidade e prioriza proteger o patrimônio. Normalmente evita ativos voláteis, o que torna tanto criptomoedas quanto ações menos indicadas como carro-chefe da carteira. No entanto, pode alocar uma pequena fatia em ações de empresas consolidadas e líquidas, com foco em dividendos. Já o investimento direto em criptoativos geralmente não se alinha a esse perfil.
- Moderado: aceita algum risco em troca de melhores oportunidades de retorno. Para esse perfil, investir em ações pode ser uma boa alternativa, especialmente quando combinado com outros ativos mais estáveis. As criptomoedas também podem entrar no portfólio como forma de diversificar e explorar o potencial da descentralização financeira.
- Arrojado: busca maior rentabilidade e tem alta tolerância à volatilidade do mercado. Está mais disposto a correr riscos e, por isso, costuma investir em setores inovadores, mercados emergentes e, claro, em criptomoedas. O horizonte de investimento costuma ser mais longo, com foco na valorização potencial ao longo do tempo.
Exposição ao risco e liquidez esperada
Outro ponto importante ao escolher entre ações ou criptomoedas é entender o quanto você está disposto a ver seu patrimônio oscilar e com que velocidade pretende ter acesso ao dinheiro investido.
As ações oferecem liquidez relativamente alta durante os dias úteis, mas seu desempenho está sujeito a eventos econômicos, balanços corporativos e decisões de política monetária. O risco existe, mas é mais previsível especialmente em empresas de grande porte.
As criptomoedas, por sua vez, podem ser negociadas 24/7, com liquidez imediata em muitas plataformas.
No entanto, essa facilidade de entrada e saída vem acompanhada de um nível maior de incerteza e variação de preços, o que pode causar desconforto para quem não está habituado com a volatilidade do mercado.
Avaliar seu nível de exposição ideal é o que vai indicar se você está mais preparado para navegar pelos altos e baixos das criptomoedas ou pelas movimentações da bolsa de valores. E mais do que escolher um lado, entender seu perfil ajuda a montar uma carteira equilibrada, com respeito aos limites e atenção às oportunidades.
Diversificação como estratégia de longo prazo
Se a dúvida entre criptomoedas ou ações ainda persiste, a resposta pode não estar em escolher um ou outro, mas sim em equilibrar os dois.
A diversificação de investimentos é uma das formas mais eficientes de lidar com incertezas do mercado, pois distribui o risco entre diferentes tipos de ativos.
Essa estratégia parte do conceito de correlação: quando ativos têm comportamentos diferentes em relação aos mesmos fatores externos, é possível reduzir a exposição total ao risco.
Por exemplo, se as ações de empresas caem em determinado cenário econômico, as criptomoedas podem reagir de forma distinta e vice-versa.
A longo prazo, um portfólio bem diversificado tende a oferecer maior resiliência. Oscilações são naturais na renda variável, mas o impacto pode ser diluído quando se combina ativos de características e movimentos distintos.
Vantagens de diversificar entre ativos digitais e tradicionais
Combinar ativos tradicionais, como ações de empresas listadas na bolsa de valores, com ativos digitais como criptomoedas, amplia o leque de possibilidades da carteira.
Cada tipo de ativo responde de forma diferente aos ciclos econômicos, às taxas de juros e a eventos geopolíticos.
- Ações trazem exposição a setores da economia real, com possibilidade de dividendos e crescimento sustentável no longo prazo.
- Criptomoedas oferecem agilidade, acesso 24/7 e alto potencial de valorização, além de exposição à inovação e à descentralização financeira.
Ao combinar os dois, o investidor consegue aproveitar diferentes oportunidades, manter parte do capital em ativos mais estáveis e, ao mesmo tempo, buscar crescimento com tecnologias emergentes.
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A importância de rebalancear a carteira ao longo do tempo
Diversificar é o primeiro passo, mas não basta montar a carteira e deixá-la parada. Com o tempo, os ativos se valorizam (ou se desvalorizam) em ritmos diferentes, o que muda o peso de cada um no portfólio. Por isso, é importante fazer o rebalanceamento da carteira periodicamente.
Esse ajuste ajuda a manter a proporção de risco dentro do que você definiu para seu perfil de investidor.
Se as criptomoedas dispararem e passarem a representar uma fatia maior do que o desejado, por exemplo, pode ser o momento de realocar parte do lucro em ativos mais estáveis. O mesmo vale quando o mercado de ações se valoriza acima da média.
Rebalancear é uma forma de manter a estratégia no eixo, sem deixar que emoções ou tendências momentâneas tomem conta das decisões. Afinal, no mundo dos investimentos, a consistência conta mais do que o timing.
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Explorando outros caminhos além das opções mais conhecidas
Diversificar vai além de combinar ações ou criptomoedas. Investidores que desejam ampliar a exposição a diferentes setores da economia e reduzir a correlação entre ativos também podem explorar o universo dos ativos alternativos, como precatórios, participações em empresas privadas, direitos creditórios e obras de arte com potencial de valorização.
Esses ativos, apesar de menos conhecidos, têm ganhado espaço em carteiras mais sofisticadas por apresentarem comportamento diferente em relação à bolsa de valores e ao mercado cripto. Isso contribui para suavizar oscilações e criar um portfólio mais equilibrado, alinhado com objetivos de longo prazo.
A Hurst Capital atua justamente nesse segmento, estruturando oportunidades com base em ativos reais, selecionados por especialistas. Para quem busca ampliar o repertório de investimentos com análise técnica e curadoria profissional, esse pode ser um caminho a considerar.
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