Há quem ainda pergunte se vale a pena investir em royalties musicais.
Novo no Brasil, esse segmento tem crescido bastante, pois permite que investidores obtenham rentabilidade aplicando recursos em obras de compositores e intérpretes de renome.
Para ser ter ideia, artistas como Paulo Ricardo (ex-RPM), Toquinho e Philipe Pancadinha, além de estrelas internacionais como Bob Dylan, já cederam direitos de suas obras gerando rentabilidade para milhares de pessoas interessadas em retornos acima do que oferecem produtos de renda fixa e sem a alta volatilidade do mercado de ações.
Mas os artistas não são os únicos a darem respaldo para esse segmento. Os números do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), órgão responsável pelo pagamento dos direitos autorais aos seus detentores, falam por si só. Segundo o relatório anual divulgado em maio, em 2020 foram distribuídos R$ 947,9 milhões para 263 mil compositores, músicos, intérpretes, editoras, gravadoras e associações.
Resultado mostra solidez
O valor é muito expressivo e mostra o quão sólido é o segmento musical, mesmo em um período marcado por uma pandemia que impediu a realização de shows no Brasil e no mundo. Era de se esperar uma queda muito grande na distribuição, mas não foi o que aconteceu. Para se ter ideia, a redução foi de apenas 4% em comparação com 2019, quando o valor alcançou R$ 986,5 milhões.
Isso aconteceu porque, embora o segmento de Shows e Eventos teve participação reduzida de 16% em 2019 para 5% em 2020, por causa da pandemia, outro segmento, o de Serviços Digitais (streaming, por exemplo), cresceu 41,2% em relação ao ano anterior. Além disso, houve a liberação de créditos retidos com o intuito de auxiliar a classe artística.
A participação de cada mídia
Em 2020, as televisões da rede aberta e por assinatura foram responsáveis por 44% da arrecadação total. Este foi o segmento com maior participação no ano passado, mesmo com a mudança do comportamento do consumidor de audiovisual e a entrada de novos serviços digitais. Os maiores impactos da pandemia foram sentidos nos segmentos de Usuários Gerais, Cinema e Shows e Eventos.
A participação de cada mídia no resultado do segmento musical em 2020 ficou assim definida: Televisão (44%), Serviços Digitais (20%), Usuários Gerais (18%), Rádio (12%), Shows e Eventos (5%) e Cinema (1%).
Renda dos titulares aumentou
A evolução média dos valores repassados aos titulares mostra que houve uma redução de 2,23% para os titulares nacionais em relação a 2019, e um aumento de 80,28% para os titulares estrangeiros no mesmo período.
Apesar disso, a renda dos titulares nacionais é cerca de cinco vezes maior que a renda dos titulares estrangeiros. E, no geral, a renda per capita dos titulares teve um aumento de quase 40% em 2020, em comparação com o ano anterior.
Em 2020, do total de valores autorais repassados, 76% foram para titulares nacionais e 24% para titulares estrangeiros, exatamente o mesmo percentual de 2019.
Catálogo diversificado
Como os números mostram, há motivos para investidores acreditarem no setor musical. A Hurst opera neste ramo por meio de sua subsidiária, Músicas do Brasil, que já detém um catálogo de músicas com mais de 20 mil obras e fonogramas, com grande diversificação por público e gênero musical.
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