O mercado financeiro está passando por uma transformação silenciosa: o modelo tradicional de investir exclusivamente em renda fixa ou bolsa já não entrega o mesmo resultado. Ativos alternativos estão ganhando protagonismo, os IPOs diminuíram, e o investidor moderno precisa adaptar sua estratégia.
Por isso, trazemos aqui um exemplo de carteira de investimentos diversificada que já reflete essa nova era.
Neste artigo, você vai entender:
- O que é, de fato, uma carteira diversificada;
- Quais classes de ativos compõem esse equilíbrio;
- Por que os ativos alternativos são uma peça-chave (e muitas vezes esquecida);
- E um exemplo prático de alocação que pode servir como ponto de partida para sua própria estratégia.
O que significa diversificar os investimentos?
Diversificação é o princípio de não colocar todos os ovos na mesma cesta. No mundo dos investimentos, isso se traduz em alocar recursos entre diferentes classes de ativos, setores, prazos, moedas e níveis de risco.
Mas mais importante do que quantidade, é entender como esses ativos se comportam em momentos diferentes do mercado. A diversificação eficiente não depende apenas de muitos ativos, e sim de ativos que reagem de forma distinta a cada cenário.
Os três pilares da diversificação moderna
Uma carteira realmente equilibrada costuma ter:
- Renda Fixa
Responsável pela estabilidade e previsibilidade, com títulos como CDBs, LCIs, Tesouro IPCA+ ou debêntures.
- Renda Variável
Voltada para crescimento no longo prazo, com ações, fundos imobiliários e ETFs.
- Ativos Alternativos
A nova fronteira da diversificação. Eles combinam retorno real, fluxo e proteção, e estão conquistando espaço nas carteiras mais modernas.
Mas o que são ativos alternativos?
Ativos alternativos são investimentos fora da prateleira tradicional das corretoras e bancos. Eles incluem:
- Crédito privado estruturado (em reais ou moedas fortes);
- Precatórios federais e outras teses judiciais;
- Royalties musicais e audiovisuais, que geram pagamentos mensais;
- Private equity, com participação em empresas que ainda não abriram capital;
- Operações com lastro em petróleo, agronegócio, dólar, euro, entre outros.
Por que esse tipo de ativo faz a diferença?
- Eles não oscilam como ações na bolsa, o que traz mais estabilidade;
- Possuem potencial de retorno acima do CDI, mesmo em cenários de queda de juros;
- Permitem fluxo de caixa mensal ou retornos no vencimento, o que facilita o planejamento;
- São descorrelacionados da economia tradicional, protegendo a carteira em momentos de crise.
E o mais interessante: muitos desses ativos estão ligados à economia real. Você investe em empresas, projetos, direitos ou recebíveis concretos — e não apenas em expectativas de mercado.
O fim do reinado dos IPOs e a ascensão do capital privado
Até poucos anos atrás, a porta de entrada para o crescimento acelerado das empresas era o IPO. Mas esse cenário mudou. O volume de aberturas de capital caiu drasticamente — e muitas empresas passaram a buscar financiamento fora da bolsa, por meio de:
- Operações de crédito privado;
- Investimentos diretos via securitizadoras;
- Emissão de recebíveis com retorno direto ao investidor.
Esse movimento ajudou a impulsionar os ativos alternativos — que agora ocupam o espaço antes dominado por ações e fundos públicos.
É o novo ciclo da economia de investimentos.
Exemplo de carteira de investimentos diversificada (perfil moderado)
A seguir, um modelo realista de alocação diversificada, com exposição balanceada entre ativos tradicionais e alternativos:
| Classe de Ativo | Percentual da Carteira | Exemplos de Aplicação |
| Renda Fixa | 40% | Tesouro IPCA+, CDBs com alta rentabilidade, debêntures isentas |
| Renda Variável | 28% | Ações de valor, FIIs, ETFs globais |
| Ativos Alternativos | 32% | Precatórios (até 270% do CDI), royalties com fluxo mensal, crédito privado em dólar |
Essa composição não é uma regra fixa. Ela pode (e deve) ser ajustada conforme:
- Seu perfil de risco;
- Horizonte de investimento;
- Desejo de fluxo mensal, proteção cambial ou crescimento do capital.
Por que os ativos alternativos devem estar na sua carteira?
Porque você já diversifica quando investe em renda variável e fixa — mas ainda não protege o suficiente.
Ativos alternativos são a camada de proteção e retorno que atua fora do radar tradicional.
Não é coincidência que grandes gestoras e fundos institucionais já alocam entre 20% e 40% do portfólio em ativos reais ou alternativos.
E hoje, você pode fazer o mesmo — com aporte mínimo, sem precisar operar no home broker e com acesso direto à estrutura de ativos regulados.
Leia também: Distressed assets
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A melhor maneira de sair da teoria e colocar a diversificação em prática é simular cenários reais.
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