Para que serve uma reserva de valor e como fazer a sua?

As mudanças nas condições econômicas podem impactar o seu patrimônio. Por isso, é muito importante ter estratégias que ajudem a preservar seu capital em momentos de instabilidade. Entre elas, está a criação de uma reserva de valor.

Essa é uma forma de equilibrar seus resultados, mesmo diante de cenários econômicos desfavoráveis. Mas para ter sucesso nessa estratégia, é preciso fazer escolhas que contribuam para preservar o seu poder de compra.

Neste artigo, você entenderá para que serve uma reserva de valor e como montar a sua da maneira correta. Continue a leitura e confira!

O que é reserva de valor?

A reserva de valor é uma estratégia de preservação do poder de compra do capital. Ela é baseada na característica que alguns ativos têm de preservarem o seu valor ao longo do tempo. Por isso, o método é bastante utilizado por quem deseja proteger o patrimônio durante períodos de crises.

Alguns ativos são considerados melhores reservas de valor do que outros, o que depende de diversos fatores, como estabilidade, aceitação geral, durabilidade e demanda. Assim, ao acumular esses bens, eles continuarão tendo valor — mesmo diante de mudanças nas condições econômicas.

Mas não confunda o conceito com o de reserva de emergência — bastante comum no mercado financeiro. Ela se refere a uma quantia em dinheiro que deve estar disponível para ser usada em momentos de imprevistos.

Desse modo, a reserva de emergência é um capital que pode ser alocado em investimentos seguros e com liquidez diária. Ela corresponde a, pelo menos, 6 meses do seu custo de vida. Logo, os conceitos são bastante distintos.

Para que serve a reserva de valor?

Entendendo o que é reserva de valor, fica mais fácil saber para que ela serve. De maneira geral, esse tipo de reserva oferece mais segurança financeira para os investidores. Afinal, é possível proteger os investimentos da volatilidade do mercado.

O conceito mede as oscilações dos preços dos ativos. Como ele está relacionado à intensidade e à frequência dessas mudanças, alguns investimentos são mais sensíveis às condições econômicas e apresentam maior volatilidade.

Portanto, o risco dessas alternativas é maior e precisa ser mitigado. A estratégia também serve para proteger o patrimônio em períodos de crises econômicas. Como você viu, ela deve ser composta por ativos que, de maneira geral, não costumam perder valor em momentos de instabilidade.

Consequentemente, a reserva de valor também ajuda a proteger o seu poder de compra. Isso está relacionado com a inflação, que é o processo de aumento contínuo dos preços de produtos e serviços.

Quando a inflação está alta, é preciso dispor de mais dinheiro para comprar o mesmo item. Então a sua capacidade de consumo pode ficar comprometida, prejudicando, até mesmo, a sua qualidade de vida.

No caso dos investimentos, os impactos da inflação são diversos. Ela prejudica a rentabilidade real porque o retorno precisará ser maior para superar o índice inflacionário e evitar a perda do poder de compra.

Além disso, se o Governo aumentar a taxa básica de juros da economia para conter a alta de preços, a renda fixa tende a se tornar mais atrativa para os investidores. Já a renda variável pode se tornar menos interessante, devido à relação entre risco e retorno.

Nesse sentido, a reserva de valor ajuda a manter o poder de compra do patrimônio. Então você pode ter mais tranquilidade para superar os períodos de instabilidade.

Como construir sua reserva de valor?

Agora que você sabe para que serve a reserva de valor, é hora de aprender como construir a sua. Dessa forma, você poderá aproveitar os benefícios dessa estratégia.

Confira!

Defina seu perfil e objetivos

O primeiro passo para criar a sua reserva de valor é observar o seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Esses fatores ajudam a definir o percentual do seu patrimônio para investir em ativos que proporcionem a preservação do seu poder de compra.

Selecione as alternativas

Em seguida, você deve conhecer e selecionar os ativos que farão parte da sua reserva de valor. Uma possibilidade é se expor ao ouro, sendo que existem alternativas no mercado financeiro atreladas ao produto.

Esse é um dos metais mais valiosos do mundo e, em momentos de crise, sua cotação tende a aumentar. Outra possibilidade é investir em dólar, pois a moeda está relacionada a uma das economias mais fortes e perenes no mundo.

Os imóveis também são considerados reservas de valor em determinados cenários. Contudo, a liquidez desses ativos é baixa, em comparação com o ouro e dólar. Por essa razão, o investidor pode ter dificuldade em levantar os recursos caso haja necessidade.

A reserva de valor também pode ser composta por ativos alternativos. Eles tendem a ser descorrelacionados do mercado tradicional e, normalmente, estão ligados à economia real. Assim, o desempenho desses investimentos não costuma depender tanto do comportamento do mercado.

Com os ativos alternativos, você pode evitar que um cenário de instabilidade afete todo o seu portfólio. Ainda, como esses investimentos costumam ter riscos maiores, o potencial de ganhos é mais elevado.

Entre os investimentos alternativos que podem ser úteis para gerar mais segurança financeira à sua carteira, estão:

Diversificação de ativos

Investir toda a sua reserva de valor em um único ativo não tende a ser uma estratégia adequada. Assim como no mercado de investimentos tradicionais, é possível diversificar o seu patrimônio para ter um melhor resultado.

Como existem diferentes oportunidades para aproveitar, você pode estabelecer uma estratégia que esteja alinhada às suas necessidades e expectativas. Além disso, independentemente dos ativos escolhidos, é importante realizar avaliações periódicas da sua reserva de valor.

Você viu que as condições econômicas e financeiras podem mudar ao longo do tempo. Logo, ajustes podem ser necessários para garantir que sua estratégia continue a atender às suas necessidades.

Portanto, a reserva de valor serve para proteger o poder de compra do seu patrimônio e deve ser montada de maneira estratégica. Como visto, ela deve ser formada por ativos específicos, ou seja, que tenham características que permitam proteger o seu capital.

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