A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e ela tem um papel fundamental em diversas áreas. Por exemplo, ela influencia a definição dos custos de crédito e financiamentos, a inflação, o câmbio e o rendimento de diversos investimentos financeiros.
Por isso, é essencial que você esteja atento às projeções para a Selic em 2023 e para os próximos anos. Assim, você poderá tomar decisões mais embasadas e estratégicas ao escolher aplicações e ativos para o seu portfólio.
Quer saber mais sobre as projeções para a Selic em 2023 e por que pode ser um bom momento para fazer aportes em investimentos alternativos? Então acompanhe as informações deste artigo!
Quais são as projeções para a Selic em 2023?
Entre agosto de 2022 e junho de 2023, a taxa Selic estava em 13,75% ao ano. Porém, de acordo com o Boletim Focus — um relatório semanal divulgado pelo Banco Central (Bacen) —, esse cenário tende a mudar em breve.
Segundo o documento divulgado no dia 26 de junho de 2023 pela autarquia, por exemplo, a expectativa é que a Selic termine 2023 em 12,25% a.a. Já para 2024, o Banco Central acredita que ela chegue a 9,50% a.a e, em 2025, a 9,00% a.a.
Ou seja, as projeções do Banco Central para a taxa Selic são de uma queda gradual na Selic para 2023 e para os próximos anos. Em partes, essas expectativas se relacionam às reuniões realizadas no primeiro semestre do ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
A cada 45 dias, o Copom — que é um órgão do Banco Central — se reúne para definir a taxa Selic e estabelecer as diretrizes da política monetária do Brasil. Ele pode aumentar, diminuir ou manter a taxa básica de juros, o que estava acontecendo desde agosto de 2022.
Porém, depois de sete reuniões seguidas conservando a taxa de juros em 3,75% ao ano, a tendência é que isso mude a partir do segundo semestre de 2023.
Como a queda da Selic impacta a economia?
A queda da taxa Selic tem impactos significativos na economia brasileira. Afinal, quando a taxa de juros é reduzida, ocorrem mudanças em diferentes setores econômicos.
Veja quais são elas!
Incentivo ao consumo
Com a Selic mais baixa, as taxas de juros de empréstimos e financiamentos também tendem a diminuir. Consequentemente, o cenário pode incentivar o consumo, uma vez que os consumidores têm acesso a crédito mais barato, o que impulsiona a demanda por bens e serviços.
Estímulo aos investimentos empresariais
Além do consumo, a taxa Selic mais baixa tende a estimular os investimentos empresariais. Isso ocorre porque as organizações podem tomar empréstimos e financiamentos a juros menores e realizar ações importantes, como:
- expandir suas operações;
- investir em tecnologia;
- adquirir novos equipamentos e maquinário;
- contratar mais funcionários.
Logo, a queda da Selic também pode impulsionar diversas companhias e setores da economia, inclusive de modo a gerar mais empregos.
Estímulo ao setor imobiliário
Outro impacto gerado pela Selic quando ela está em patamares menores se relaciona ao setor imobiliário. Para entender esse movimento, lembre-se de que as taxas de financiamento estão diretamente associadas à taxa básica de juros.
Com a Selic em queda, as taxas de juros dos financiamentos imobiliários também tendem a diminuir. Esse é um cenário que pode impulsionar o mercado de imóveis — em especial, porque a maioria dos brasileiros não compra casas e apartamentos à vista.
Influência no câmbio
Por fim, outro impacto referente à queda da Selic é que ela influencia o câmbio, principalmente em relação ao dólar. Uma Selic mais baixa pode levar à desvalorização do real no que diz respeito a outras moedas estrangeiras.
Diante de juros menores, os investidores estrangeiros tendem a buscar oportunidades em outros países, visando retornos mais atrativos considerando o grau de risco do Brasil. Afinal, eles consideram a relação entre risco e retorno.
O que muda para os investimentos?
Como você viu, a queda da taxa Selic pode gerar diferentes impactos. Agora, você sabe de que forma ela influencia os investimentos no mercado financeiro?
O principal impacto é que a queda da Selic afeta diretamente as aplicações de renda fixa. Títulos públicos, certificados de depósito bancário (CDBs), fundos DI e outras oportunidades tendem a ter seus rendimentos reduzidos conforme a taxa de juros cai.
Diante desse contexto, é comum que os investidores busquem outras opções no mercado para obter melhores retornos. E é nesse cenário que os investimentos de renda variável e os ativos alternativos se destacam.
Por que esse pode ser um bom momento para investimentos alternativos?
Conforme você acompanhou, os ativos alternativos podem ser uma opção interessante para investir com a queda da Selic. Mas por que isso acontece?
Confira a seguir os principais motivos!
Descorrelação com os mercados tradicionais
Uma das vantagens dos ativos alternativos, como precatórios, obras de arte e royalties musicais, é a sua descorrelação com os mercados tradicionais. Dessa forma, eles podem apresentar retornos que não seguem as tendências econômicas. Assim, há como proteger o portfólio de modo mais eficiente.
Diversificação da carteira
Devido a essa descorrelação dos investimentos alternativos, outro motivo que pode justificar a inclusão deles na carteira é que eles permitem diversificá-la. Ao investir nessas opções, é possível:
- reduzir o risco de concentração em um único tipo de investimento;
- potencializar as suas chances de ganhos;
- mitigar os efeitos negativos de eventuais quedas na Selic e da volatilidade nos mercados tradicionais.
Potencial de valorização
Por fim, vale ressaltar que os investimentos alternativos podem apresentar um potencial de valorização elevado. Com a Selic em 13,75%, muitas aplicações de renda fixa oferecem uma rentabilidade próxima a esse percentual. Diante da sua queda, é natural que esse retorno diminua.
Por outro lado, diversos ativos alternativos, independentemente da taxa de juros, podem ter rendimentos atrativos — superando o potencial de muitas opções do mercado tradicional.
Portanto, como você pode ver, há diferentes razões que tornam os ativos alternativos interessantes. Lembrando que para incluir esses ou outros investimentos no seu portfólio, é fundamental considerar o seu perfil de investidor e as suas metas financeiras.
Neste post, você conferiu as projeções para a Selic em 2023, 2024 e 2025, segundo o Banco Central. Além disso, viu como a queda da taxa de juros pode influenciar a economia e os seus investimentos. Logo, não deixe de considerá-la ao escolher aplicações e ativos para o seu portfólio.
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