Não é necessário sair do Brasil para ter acesso a obras de arte importantes e reconhecidas pela crítica internacional. Entre as possibilidades estão as criações do precursor da arte cinética no país, o renomado artista Abraham Palatnik.
Os trabalhos dele são encontrados em exposições itinerantes ou nos Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e São Paulo, que possuem alas dedicadas à arte cinética. Mas você sabia que, além de poder visualizá-las, é possível expor seu capital a essas obras?
Continue a leitura deste post para conhecer mais sobre Abraham Palatnik e entender essa possibilidade de investir em sua arte!
O que é arte cinética?
Também conhecida como arte em movimento, a arte cinética é um estilo que se tornou popular em meados do século XX. A data compreende o fim do período da chamada arte moderna e o início da arte contemporânea.
A arte cinética é caracterizada pelo uso de elementos que se movem ou passam a impressão de movimento. Essa expressão foi criada pelo crítico de arte francês Pierre Gaudibert em 1958, durante uma exposição chamada “Le Mouvement”, realizada no Museu de Arte Moderna de Paris.
Quem a utiliza em suas obras costuma se valer de luzes, cores, reflexos, formas, ilusões de ótica e, até mesmo, motores para gerar o efeito de movimento. A interação do observador também pode ser explorada para despertar sua curiosidade e inseri-lo nesse contexto.
Embora ela tenha crescido na Europa, a arte cinética se espalhou para o mundo rapidamente e muitos artistas passaram a explorá-la, inclusive brasileiros. Entre eles estão: Ivan Serpa, Luiz Sacilotto, Sérvulo Esmeraldo, Lygia Clark e Abraham Palatnik.
Quem foi Abraham Palatnik?
Abraham Palatnik foi um renomado artista plástico brasileiro, sendo o pioneiro no uso da arte cinética no Brasil. Nascido em 1928, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, ele ficou conhecido por produzir pinturas, máquinas e desenhos icônicos.
Confira a sua trajetória!
Infância e juventude
Aos 4 anos, Palatnik foi enviado a Tel-Aviv (Israel), para realizar seus estudos. Na juventude, ele ingressou na Escola Técnica Montefiori e se especializou em motores de explosão, aprendendo a desenhar peças, montar e desmontar veículos pesados (tanques e caminhões).
Percebendo o talento do filho, o pai de Palatnik o colocou em contato com dois artistas famosos na região: Aaron Avni e Sternshus. O primeiro era um pintor conhecido por suas paisagens expressivas.
Já o segundo era escultor, autor de obras figurativas e que resgatavam as tradições judaicas. Palatnik também acompanhava os cursos de arte ministrados no Instituto Municipal de Arte de Tel-Aviv, adquirindo conhecimentos técnicos sobre arte e estética.
Retorno ao Brasil
Aos 20 anos, ele voltou permanentemente para o Brasil e se instalou no Rio de Janeiro. Em solo brasileiro, Palatnik passou a conviver com artistas nacionais e conheceu o trabalho em arte realizado com os pacientes psiquiátricos do Hospital do Engenho de Dentro.
O impacto desse contato com eles levou Palatnik a abandonar as tintas e os pincéis para retomar os estudos da adolescência, decidindo mesclar a mecânica e a arte. Dessa combinação surgiu o seu primeiro clássico, nomeado de “Aparelho Cinecromático”.
Trata-se de uma máquina composta por lâmpadas que se movimentam por meio de um motor, atrás de uma tela opaca. O resultado é um teatro de sombras abstrato, que cria imagens invertidas.
Início do sucesso
Por insistência do crítico de arte Mário Pedrosa, a obra foi inscrita para participar da primeira Bienal de São Paulo, em 1951. No entanto, por não se enquadrar em nenhuma categoria específica, a inscrição foi recusada.
Porém, como algumas obras japonesas não conseguiram cruzar o oceano para chegar à exposição, Palatnik e sua criação foram chamados para preencher a lacuna no evento. No fim, o júri o premiou com uma menção honrosa pela crítica internacional.
O sucesso obtido fez o artista desenvolver novos trabalhos. Em mais de 70 anos de carreira, Palatnik havia produzido 33 aparelhos cinecromáticos e diversas outras obras, participando de mais de cem exposições, no Brasil e no exterior.
Principais trabalhos
Além dos diversos aparelhos cinecromáticos produzidos, o artista criou outras obras de arte famosas. Por exemplo:
- Pinturas sobre vidro;
- Campos magnéticos;
- Quadrado perfeito;
- Relevos progressivos: madeira;
- Objetos cinéticos;
- Objeto lúdico;
- Relevos progressivos: papel cartonado;
- Objeto rotativo;
- Relevos progressivos: cordões;
- Pinturas a duco sobre cartão;
- Cracol;
- Série W;
- Coco-babaçu e farinha de peixe.
Palatnik participou de exposições individuais e coletivas no Brasil, Europa e nos Estados Unidos. Em 2020, ele morreu aos 92 anos, vítima de covid-19. O artista deixou um legado importante para a arte contemporânea, especialmente no contexto da arte cinética e da mistura entre arte, tecnologia e ciência.
Como expor seu capital a obras como as do artista Abraham Palatnik?
Depois de conferir a história e os trabalhos do artista Abraham Palatnik, é o momento de entender como é possível expor seu capital a obras como as dele. A boa notícia é que você não precisa desembolsar altas somas de dinheiro para comprar as peças e atingir esse objetivo.
Com a evolução da tecnologia e o surgimento dos criptoativos, você pode adquirir tokens de obras de arte. O token é a representação digital de um bem ou item, como pinturas, esculturas, fotografias — ou dos objetos cinéticos, por exemplo, de Palatnik.
Quando se compra um token, você expõe seu capital a essas obras, podendo receber remunerações quando elas forem vendidas no mercado de arte. Essa é uma forma mais acessível e prática de participar dos resultados desse universo artístico.
É possível adquirir um token representando a propriedade total da obra (NFT ou token não fungível) ou uma parte dela (token semifungível). Nesse caso, a representação do objeto é fracionada, e os cotistas recebem a remuneração proveniente da rentabilização desses tokens de forma proporcional à fração adquirida.
Para ter segurança nesse tipo de operação, é preciso entrar em uma plataforma especializada na negociação de ativos reais e criptoativos. Esse é o caso da Hurst Capital.
Neste artigo, você conheceu o artista Abraham Palatnik, famoso por suas obras relacionadas à arte cinética. Caso tenha se interessado pela sua história e obras, vale considerar expor seu capital a tokens ligados aos seus principais trabalhos.
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