Rendimento acima do CDI: 5 ativos alternativos que remuneram melhor que o índice

Alcançar retornos acima do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) é o objetivo de muitos investidores. Isso acontece porque esse é um dos principais benchmarks de investimentos e serve de referência para a análise de resultados.

Além das possibilidades vistas como tradicionais do mercado, distribuídas entre a renda fixa e a renda variável, há outros caminhos. É possível, por exemplo, ter retornos acima do CDI fazendo investimentos em ativos alternativos.

Quer saber quais são eles? Neste artigo, você verá 5 ativos alternativos que podem entregar rendimentos acima do CDI e melhorar os retornos da sua carteira.

Acompanhe!

1. CCBs

As cédulas de crédito bancário (CCBs) são títulos de crédito utilizados no mercado como uma forma de registro de operações de crédito. As CCBs se destacam por serem concedidas por pessoas físicas ou jurídicas em prol de uma instituição financeira.

Desse modo, elas representam uma promessa de pagamento e formalizam a relação entre devedor e credor. A operação é semelhante a um empréstimo, em que as condições de pagamento são apresentadas pela instituição e a pessoa física ou jurídica precisa concordar com os termos.

Após a assinatura do documento, a CCB é emitida. Aquele que se comprometeu a efetuar o pagamento da dívida deve cumprir todas as condições estabelecidas para evitar a inadimplência da operação.

O documento apresenta as principais informações da operação, que podem variar conforme o tipo de título emitido. Na CCB, devem constar os dados do devedor e do credor e da operação, como:

  • o total do crédito;
  • a quantidade e o montante das parcelas;
  • a taxa de juros aplicada;
  • o custo efetivo total (CET).

Além dessas características, as CCBs podem ser um investimento quando são transferidas entre credores. Por exemplo, uma instituição financeira pode transferir uma cédula para uma plataforma de investimentos, onde o título fica disponível para investidores.

Os interessados em investir devem concordar em receber o total investido mais uma remuneração em um período específico. Além do potencial de retorno acima do CDI, as CCBs costumam ter garantias reais, como imóveis, o que pode trazer mais segurança para investidores.

Entretanto, vale saber que elas têm um risco mais alto de crédito que outros títulos do mercado. Também é comum que as CCBs sejam de baixa liquidez, tornando o investimento mais adequado para objetivos de médio ou longo prazo.

2. Precatórios

Outra oportunidade para ganhar acima do CDI envolve os precatórios. Eles passam a existir quando o Governo é condenado judicialmente a realizar um pagamento. Isso acontece em casos de ações judiciais movidas por cidadãos, empresas ou outros entes públicos. Ademais, os precatórios podem ser federais, estaduais ou municipais.

Com a decisão transitada em julgado, o poder público fica obrigado a fazer o pagamento. Porém, por questões orçamentárias os precatórios são pagos em uma ordem específica, o que pode tornar o recebimento de recursos mais demorado.

Assim, muitas pessoas optam por negociar seus precatórios para receber o montante mais rapidamente. O processo envolve a cessão dos direitos creditórios para outra parte — em geral, com a incidência de um deságio.

A partir dessa negociação, os precatórios podem ser transformados em ativos e negociados entre investidores. Como eles são comprados por um preço menor que o valor de face e há correção monetária da quantia, eles podem apresentar retornos atrativos e acima do CDI.

3. Criptoativos

Apesar de ganharem uma popularidade expressiva no mercado financeiro ao longo dos últimos anos, os criptoativos ainda são considerados ativos alternativos. Um dos motivos é o fato de eles serem descentralizados e descorrelacionados com o mercado tradicional.

O principal exemplo para eles são as criptomoedas, como o bitcoin. Elas são moedas digitais que podem ser usadas em pagamentos e outras transações financeiras. Geralmente, elas são criadas a partir da tecnologia blockchain.

Essa tecnologia, inclusive, foi uma das grandes responsáveis pela expansão desse mercado. Ainda, existem diferentes tipos de criptoativos, como:

  • non-fungible tokens (NFTs);
  • fan tokens;
  • utility tokens.

Outro destaque desse mercado envolve as decentralized finances (DeFi) — ou finanças descentralizadas. As DeFi são ecossistemas financeiros que oferecem diversos serviços, como empréstimos.

O universo dos criptoativos é repleto de ativos que podem compor a carteira de investidores com foco em retornos mais altos. Contudo, vale ressaltar que o mercado costuma ser mais volátil e, portanto, mais arriscado.

4. Obras de arte

As obras de arte estão entre as formas de investimentos mais antigas do mundo. Elas têm uma presença tangível e estética que pode atrair colecionadores e investidores que veem o potencial de valorização ao longo do tempo.

Isso acontece por diferentes motivos. Obras de arte, especialmente aquelas de artistas renomados ou históricos, costumam ser únicas — e a escassez aumenta a demanda e o valor dessas obras.

Diversas peças também possuem um valor simbólico e histórico que as tornam mais valiosas para colecionadores e investidores. O status do artista, a relevância cultural e o reconhecimento artístico podem influenciar seu valor no mercado.

Além disso, obras de arte podem ser vistas como uma forma de proteção contra a inflação, já que seu preço não está diretamente vinculado às flutuações do mercado financeiro. O problema é que o mercado costumava ser restrito e demandar um investimento alto.

Porém, já é possível investir em obras de arte com mais praticidade. A partir da tokenização, investidores podem adquirir frações de obras e buscar lucros com uma potencial venda posterior por preços maiores.

5. Incorporação imobiliária

O mercado de imóveis é um dos que mais chama a atenção de investidores e uma das possibilidades é a incorporação imobiliária. Ela é o processo que engloba todas as etapas necessárias para construir e vender um empreendimento imobiliário.

Essa incorporação envolve todo o planejamento para tornar viável e concretizar o projeto imobiliário. As vendas das unidades acontecem ainda na fase de projeto ou construção, quando os imóveis estão na planta.

A incorporadora é responsável por gerenciar o negócio, incluindo análise de viabilidade, aprovação do projeto, contratação de mão-de-obra, venda das unidades, entre outras atividades. Normalmente, esse costuma ser um dos momentos mais lucrativos do projeto.

Por meio dos ativos reais, os investidores também podem participar dos processos de incorporação imobiliária. Desse modo, há como obter lucros a partir das futuras vendas dos espaços.

Como você acompanhou, os ativos alternativos podem ajudá-lo a obter um rendimento acima do CDI, que é um dos principais indicadores do mercado. Logo, vale analisar melhor essas 5 opções para verificar se vale a pena incluí-las em sua carteira.

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