Você já deve ter visto listas sobre investimentos de renda fixa e variável que apresentaram resultados atrativos em 2023. Mas a retrospectiva a seguir vai além e mostra uma seleção com ativos não tão convencionais no mercado.
O conhecimento a respeito de outras categorias e setores é capaz de expandir os seus horizontes, oferecendo novas oportunidades para rentabilizar o seu capital. Por isso, descobri-los enriquecerá as suas estratégias e poderá aproximar você de alcançar seus objetivos.
Veja os investimentos alternativos que tiveram destaque nesta retrospectiva de 2023!
Commodities
Commodities são produtos originados de matérias-primas e com baixo nível de industrialização. Além da sua importância global como suprimento, elas são alternativas para quem busca diversificação do portfólio.
O formato é dividido em quatro categorias principais:
- agrícola: como milho, café e etanol;
- mineral: ferro, petróleo e outro, por exemplo;
- ambiental: créditos de carbono e água;
- financeira: como moedas e títulos públicos.
Quem busca investir em commodities pode negociar ações de empresas relacionadas a esses produtos. Mais uma alternativa está relacionada aos derivativos, a exemplo de opções e contratos futuros, que podem ser ligados a esses ativos.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), houve queda nos preços internacionais das commodities entre 2022 e 2023. No entanto, as projeções do Banco Mundial apresentam uma tendência de estabilidade, especialmente ao considerar índices gerais e setoriais.
Fundos de private equity
Além das commodities, os fundos de private equity aparecem nesta retrospectiva. O termo pode ser traduzido como “capital privado”. Logo, ele se refere ao aporte em empresas não listadas na bolsa de valores, envolvendo a aquisição de parte do negócio. O seu diferencial está na participação ativa na gestão e desenvolvimento das organizações investidas.
O objetivo principal do formato é a identificação de companhias com potencial de crescimento. Então, o investidor pode auxiliá-las a atingir seu máximo desempenho. Isso é realizado com injeção de dinheiro, conhecimentos estratégicos e otimização dos processos de gestão, por exemplo.
No entanto, investir diretamente em private equity costuma demandar muito dinheiro, tornando-se uma alternativa custosa na busca por diversificação. É nesse contexto que os fundos se apresentam como uma escolha a ser estudada.
Esses veículos de investimento são geridos profissionalmente e funcionam por meio da compra de participações em negócios com potencial de valorização futura. Assim, a meta é lucrar com a venda posterior da parcela adquirida da sociedade.
O processo envolve a captação de recursos com investidores profissionais, a seleção criteriosa e a aquisição de participações, além da gestão ativa no desenvolvimento das companhias. Depois disso, há o desinvestimento em um período aproximado de 7 a 10 anos.
Vale ressaltar que, mesmo que as operações não sejam tão conhecidas do grande público, elas movimentam grandes quantias. O private equity, venture capital e corporate venture capital representaram R$ 6,47 bilhões entre abril e junho de 2023, no Brasil. Os dados são do relatório da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap).
O montante significou um aumento de 23,2% em relação ao trimestre anterior. Dessa forma, o movimento evidencia a robustez das práticas mesmo em contextos desafiadores, a exemplo de incertezas econômicas e inflação elevada.
Criptoativos
Ainda falando de alternativas que fogem dos investimentos mais comuns, os criptoativos também tiveram destaque no ano de 2023. O conceito refere-se a ativos digitais criptografados disponíveis no mercado digital.
O precursor foi o bitcoin (BTC), criado em 2008. A moeda digital é descentralizada e usa criptografia, com funcionamento independente de instituições bancárias. Nesse contexto, a tecnologia blockchain, que serve como registro imutável, possibilita transações seguras e sem centralização.
Aqui, o cenário foi bastante variado. Moedas como bitcoin e ether tiveram uma valorização elevada — 164% e 95%. Porém, alguns ativos digitais também tiveram desempenho abaixo do esperado. Os gamecoins são um dos principais exemplos.
É preciso destacar que os investimentos em ativos digitais ultrapassam as unidades monetárias. Afinal, eles podem incluir fotos, vídeos, músicas, obras de arte, títulos e non-fungible tokens (NFTs).
Ativos ligados à biotecnologia
Criptografia não foi o único elemento tecnológico que figurou na retrospectiva do ano. A biotecnologia, apesar de não ser uma novidade, evoluiu com rapidez e mostrou-se uma alternativa de destaque em 2023.
A ciência encontra aplicações nos setores alimentício, farmacêutico e de tratamento de resíduos poluentes. Para isso, ela utiliza células vivas visando manipular produtos específicos, como alimentos transgênicos, entre outras práticas.
A importância econômica da biotecnologia cresce especialmente no Brasil. No país, fatores como o tamanho da população e o aumento da expectativa de vida impulsionam o consumo de alimentos, medicamentos e vacinas. Como consequência, o cenário propicia oportunidades para empreendedores e investidores.
Existem diversas companhias no setor que podem ser encontradas tanto na bolsa de valores brasileira quanto em mercados globais. São exemplos: Pfizer, AstraZeneca e Johnson & Johnson. Há ainda muitas formas de investimento, incluindo a compra direta de ações, brazilian depositary receipt (BDRs) e exchange-traded funds (ETFs).
Esse campo apresenta vantagens como potencial de crescimento, solidez em diferentes contextos e possíveis aquisições por grandes players. Assim, a biotecnologia se revela uma área a ser estudada por quem busca investimentos alternativos no mercado.
Ativos imobiliários
Saindo da área da biologia, você verá outro setor que também foi relevante nesta retrospectiva: o imobiliário. Mesmo que à primeira vista ele pareça mais tradicional, novas possibilidades diversificam o segmento de imóveis.
A negociação nesse mercado é viabilizada de duas formas principais. A primeira envolve a compra direta de propriedades físicas, como terrenos, casas e edifícios. Já a segunda, de maneira indireta, ocorre com ativos financeiros vinculados ao setor.
Nesse contexto, destacam-se os fundos de investimento imobiliário (FIIs). Eles são veículos que costumam oferecer a possibilidade de investir em um portfólio diversificado. O crowdfunding imobiliário, por sua vez, viabiliza a participação em projetos via plataformas especializadas.
Existem ainda:
- letras de crédito imobiliário (LCIs);
- certificados de recebíveis imobiliários (CRIs);
- ações de empresas ligadas ao setor;
- fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais (Fiagros);
- entre outros.
Desse modo, ao incluir ativos imobiliários na carteira de investimentos, há a possibilidade de mitigar riscos, gerar renda passiva e proteger-se da inflação. Vale lembrar que é essencial analisar se essas alternativas fazem sentido para seu perfil e objetivos financeiros.
Para o mercado, o encerramento de 2023 traz um cenário otimista. Até agosto de 2023, por exemplo, houve um crescimento de 20% na venda de imóveis no país.
Neste conteúdo, você conferiu a retrospectiva dos investimentos que tiveram destaque em 2023. Fazem parte da lista: commodities, fundos de private equity, criptoativos, além de ativos ligados à biotecnologia e ao mercado de imóveis.
Então, você gostaria de saber de que maneira é possível aproveitar o melhor de cada um deles? Abra a sua conta na Hurst Capital e saiba como fazer investimentos alternativos!