Especialistas russos revelam uma mudança global nos investimentos imobiliários. Este fato foi resultado da pandemia do COVID-19, que forçou os investidores a pensar no “anteriormente impensável”.
Investimentos imobiliários estão em destaque
“Essas mudanças de comportamento [dos investidores] podem ter consequências sísmicas para o mercado imobiliário global, uma vez que tais fundos estão entre os maiores investidores imobiliários e têm ações que totalizam centenas de bilhões de dólares”, relata um dos estudos elaborados pela Reuters.
As maiores carteiras de investimento imobiliário são administradas por fundos na Noruega ($ 49 bilhões), Dubai ($ 48,9 bilhões) e Abu Dhabi ($ 43,5 bilhões). De acordo com a Reuters, a SWF investiu US$ 4,4 bilhões em imóveis nos primeiros sete meses de 2020. Isso é 65% menos do que no mesmo período de 2019.
Investimentos imobiliários na Rússia
Na Rússia, o volume de investimentos em imóveis comerciais no primeiro semestre de 2020 aumentou 74%. O aumento se deveu principalmente ao primeiro trimestre, de acordo com estudo da Colliers International.
Já no segundo trimestre, em meio à pandemia, os investimentos em imóveis comerciais russos caíram ao patamar mínimo dos últimos 12 anos (o volume de transações foi de US$ 491 milhões), de acordo com o relatório da JLL.
A maioria das transações russas voltadas para investimentos (55%) no primeiro semestre de 2020 foram justamente destinadas a investimentos no setor imobiliário residencial. O maior negócio foi a aquisição pelo Grupo PIK de um terreno no norte de Moscou para a construção de um complexo residencial.
Os investidores ainda continuaram com interesse no setor imobiliário voltado aos escritórios, mesmo com sua participação tendo caído para 24%, ante 35% do mesmo período em 2019.
A mudança de tendências causada pela pandemia
A situação da Rússia é significativamente diferente da europeia. Os riscos do país e a ameaça de uma recessão prolongada reduzem a atratividade do mercado imobiliário russo para investidores internacionais mais conservadores.
A pandemia já está levando a uma mudança nas tendências na organização da vida urbana. Após décadas de reconstrução e regeneração dos espaços urbanos, o interesse pela vida fora da cidade está crescendo novamente.
A proliferação do home office na esfera de empregos de alta remuneração está criando uma nova onda de desigualdade. Isso porque os ricos mantêm seus empregos enquanto trabalham de casa, e os pobres não apenas perdem seus empregos, mas também enfrentam riscos adicionais, uma vez que são forçados a entrar em contato com colegas de trabalho.
Para ler a matéria elaborado pelo jornal russo Banki.ru, acesse: