Selic subindo: o que interfere nos ativos reais?

Nos últimos meses, o Comitê de Política Monetária (Copom) tem decidido aumentar o percentual da taxa básica de juros (Selic), sempre que se reúne. Na última vez houve reajuste elevando-a para 7,75%. 

Muita gente fica na dúvida se esse aumento é bom ou ruim para a rentabilidade dos investimentos. Tudo depende do tipo de investimento e da forma como a rentabilidade dele é gerada. 

Por exemplo, os títulos prefixados, ou seja, aqueles cuja rentabilidade já está definida no momento da assinatura do contrato, são afetados negativamente pela alta da Selic. 

Como eles têm prazo de vencimento, não significa que o investidor sairá perdendo, pois o que vale é o desempenho até o momento do saque. Mas pode acontecer de haver perdas em termos reais. Letras do Tesouro Nacional (LTN, ou Tesouro Prefixado), é um exemplo de título prefixado. 

Pós-fixado

Mas se o investimento de renda fixa for atrelado a um indexador como a própria Selic e ao CDI, a remuneração tende a ser maior. 

Como exemplo desse tipo de investimento temos o Tesouro Selic, os CDBs pós-fixados, que são atrelados ao CDI, as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), também atrelados ao CDI.

Eles também são chamados de títulos pós-fixados porque no ato da contratação, o investidor é informado sobre a previsão de lucros e não sobre o valor exato que o investimento vai render. 

E os ativos alternativos? Como ficam nesse cenário?

Apesar de se tratar de renda variável, os ativos alternativos seguem a mesma linha dos ativos de renda fixa no sentido de que o aumento da Selic não prejudica sua rentabilidade, pelo contrário. 

Isso porque os ativos alternativos têm seus retornos atrelados ao CDI. Por exemplo, a operação de investimento em duas obras do artista Di Cavalcanti, tem expectativa de ganho de 16,06% ao ano em um cenário base. 

Além do cálculo de rentabilidade considerar a possibilidade de baixa ou alta da taxa básica de juros, também são levados em conta o deságio com que as obras foram adquiridas e a própria valorização delas no mercado. 

A valorização, aliás, independe da situação econômica ou da política governamental. Se o mercado nacional se tornar difícil, ambos os quadros podem ser leiloados  nos Estados Unidos e Europa, sem prejuízo de valor. 

Royalties musicais, outro exemplo

Os royalties musicais também têm rentabilidade atrelada ao CDI. No cálculo também é considerado o deságio com que os direitos autorais foram adquiridos e a quantidade de execuções das músicas.  

Para saber mais sobre a rentabilidade dos ativos alternativos, entre em contato com a Hurst. Somos a primeira plataforma especializada em ativos reais e a maior da América Latina.

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