Se você costuma investir em CDBs, é hora de ficar atento. A partir de 2026, entram em vigor novas regras para o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) que podem afetar a rentabilidade desses investimentos, principalmente daqueles emitidos por bancos menores — os mesmos que oferecem as taxas mais atrativas do mercado.
Neste artigo, vamos explicar de forma clara o que muda no FGC, como isso impacta os rendimentos dos CDBs e quais alternativas você pode considerar para continuar fazendo o seu dinheiro render de verdade.
O que muda no FGC a partir de 2026
O FGC é uma proteção para investidores de produtos como CDBs, LCIs e LCAs. Ele cobre até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, caso o banco emissor enfrente dificuldades financeiras. Mas essa garantia tem um custo para os bancos — e esse custo vai aumentar.
Com as novas regras:
- A taxa extra paga ao FGC pelas instituições financeiras vai dobrar: de 0,01% para 0,02%.
- O limite de captação com garantia do FGC vai cair de 75% para 60%.
- E bancos que captarem acima de 10 vezes seu patrimônio líquido terão que aplicar parte desse valor em títulos públicos federais.
Essas mudanças foram criadas para tornar o sistema mais equilibrado, mas acabam pressionando os bancos menores, que dependem da oferta de CDBs com taxas mais altas para atrair investidores.
Por que isso pode reduzir os rendimentos dos CDBs
Hoje, é comum encontrar CDBs de bancos pequenos pagando 120%, 125% ou até 130% do CDI. Mas, com as novas exigências, o custo de emissão desses produtos aumenta — e a tendência é que esses bancos passem a oferecer taxas mais baixas.
Na prática, isso significa que, a partir de 2026, pode ficar mais difícil encontrar CDBs com alta rentabilidade. Por isso, é importante conhecer outros caminhos para fazer o dinheiro render, mesmo fora dos grandes bancos.
Alternativas ao CDB com risco controlado e rendimento mensal
Uma opção que vem ganhando espaço é o investimento em Certificados de Recebíveis (CRs). Esses títulos representam antecipações de pagamentos futuros de empresas que têm contratos firmados com grandes companhias — como é o caso do setor de óleo e gás.
Imagine uma empresa que presta serviços à Petrobras. Ela tem contratos firmados para receber por esses serviços, mas precisa de capital imediato para manter suas operações. Nesse cenário, ela pode antecipar esses valores por meio de uma operação estruturada. O investidor, por sua vez, adquire um título (o CR) e passa a receber os valores conforme a Petrobras faz os pagamentos à prestadora.
Ou seja: o investimento tem como lastro um contrato real, firmado com uma estatal. E mais: ao contrário do CDB, que geralmente só paga no vencimento, o CR pode oferecer pagamentos mensais, o que é ótimo para quem busca gerar uma renda recorrente.
Esses ativos não têm a garantia do FGC, mas contam com garantias contratuais e operacionais, e são estruturados com acompanhamento jurídico e regulatório. Com isso, oferecem uma boa combinação entre risco controlado e retorno mais elevado.
O que esperar daqui para frente
Com a tendência de queda nas taxas dos CDBs de bancos menores, entender essas novas possibilidades pode fazer diferença no seu planejamento financeiro. Buscar investimentos com base em garantias reais, pagamentos recorrentes e retorno acima da média é um passo importante para quem quer sair da zona de conforto sem abrir mão de segurança.
Para saber mais sobre como funcionam essas operações, vale a pena conhecer o e-book gratuito “Como investir em Petróleo”, que explica de forma prática uma dessas oportunidades com lastro em contratos reais do setor de óleo e gás.
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