Medo de nova onda de coronavírus derruba Bolsa; acompanhe
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, operava em baixa na tarde de hoje (12). Por volta das 15h30 (de Brasília), ele tinha desvalorização de 2,26%, aos 102.440,047 pontos.
O pregão de hoje é marcado pela sequência de resultados de empresas brasileiras, e ajustes de mercado. Porém, a Bolsa acompanha a tendência dos mercados internacionais, que também fecharam em baixa nesta quinta-feira.
"Segunda onda" de coronavírus preocupa investidores
Um dos motivos apontados para as quedas em todo o mundo é "a segunda onda" de coronavírus na Europa e o anúncio de que o estado de Nova York, nos Estados Unidos, vai adotar medidas rígidas de distanciamento social.
"Após duas semanas de ganhos relevantes, é natural que haja movimentos de realização, principalmente na avaliação dos riscos que a pandemia ainda traz para a mesa no que diz respeito à recuperação da economia global", avalia a Guide Investimentos, em nota encaminhada à agência Reuters.
Em Wall Street, por exemplo, a bolsa abriu em baixa por causa do aumento de casos de covid-19 nos Estados Unidos. Por isso, muitos investidores fazem a "realização de lucros".
Enquanto isso, no Brasil, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje que, caso haja uma segunda onda do coronavírus no país, o governo terá que reagir.
Guedes também disse que o fim do auxílio emergencial vai trazer estabilidade à inflação, e considerou possível a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para equilibrar as contas públicas.
Dólar reverte tendência de queda
O dólar anulou as perdas de mais cedo e passou a operar perto da estabilidade, acompanhando recuperação da moeda norte-americana no exterior.
Às 15h59 (horário de Brasília), o dólar estava cotado a R$ 5,46, alta de 0,72%
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou levantamento hoje apontando que o volume do setor de serviços do Brasil cresceu 1,8% em setembro em relação ao mês anterior, a quarta alta mensal consecutiva.
Flávio Serrano, economista-chefe do banco Haitong, disse à Reuters que o real pode se valorizar novamente. "Há muita volatilidade e vai depender de reduzir as incertezas fiscais, mas acho que a direção ainda é de valorização do real", disse.
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