Para compor seu portfólio, você não precisa se ater às oportunidades tradicionais. Os investimentos alternativos também estão disponíveis e, entre as possibilidades, há a opção e vantagens de investir em ativos judiciais.
Na prática, quem tem um montante para receber na Justiça pode vender esse crédito com o intuito de antecipar o pagamento. Assim, esse dinheiro pendente é convertido em ativos judiciais, de modo que os investidores podem incluí-los em seus portfólios.
Quer saber quais são 5 das principais vantagens de investir em ativos judiciais? Continue a leitura e veja se eles fazem sentido para a sua carteira e os seus objetivos financeiros!
1. Rentabilidade acima da média
Ao buscar alternativas de investimento, a rentabilidade é um fator que costuma ser considerado pelos investidores. Afinal, quanto mais uma aplicação ou um ativo rende, mais o seu patrimônio pode crescer e mais próximo você fica de realizar as suas metas.
Nesse sentido, vale saber que investir em ativos judiciais permite ter uma rentabilidade acima da média do mercado. Muitas vezes, o retorno anual oferecido por esse tipo de alternativa pode ficar em 20% a.a. ou até mais — o que gera mais de 1% ao mês.
Apenas para efeito de comparação, considere o Tesouro Selic, que rende a variação da taxa Selic. Essa aplicação estava em 11,75% ao ano em dezembro de 2023 — um percentual considerado elevado. Mesmo assim, ele fica abaixo da rentabilidade média oferecida pelos ativos judiciais.
Dois principais fatores explicam esse retorno mais elevado. Primeiro, os investidores compram o crédito com desconto. Segundo, o ativo pode gerar juros, atualizações monetárias e até multas em caso de atrasos no pagamento.
2. Baixo risco
A segunda vantagem de investir em ativos judiciais refere-se ao baixo risco. Isso porque quem destina recursos a essa alternativa compra um crédito de uma ação que já correu na Justiça, sendo o pagamento obrigatório. Essa oportunidade se torna ainda menos arriscada se for do tipo público.
Os ativos judiciais públicos envolvem processos relacionados a órgãos governamentais, como municípios, estados ou entidades federais.
Esses investimentos apresentam menor risco, já que esses órgãos geralmente possuem maior capacidade de pagamento. Comparados aos ativos judiciais privados, que estão ligados a pessoas físicas ou empresas, os ativos públicos oferecem mais segurança.
Ainda nesse tópico, vale destacar que esse tipo de operação é permitido pelo Código Civil brasileiro, além de constar no Conselho Nacional de Justiça e na Constituição Federal. Desse modo, o processo tem mais credibilidade e segurança, já que a negociação é legal.
3. Proteção contra a inflação
Além da rentabilidade acima da média e do baixo risco, um ponto positivo de investir em ativos judiciais diz respeito à proteção que essa alternativa oferece contra a inflação.
Por lei, as condenações na esfera judicial devem ter juros e correção monetária no pagamento. Por esse motivo, os créditos ligados aos ativos judiciais são atualizados mês a mês. Desse modo, é possível eliminar a ação da inflação sobre o seu capital.
Essa questão também pode ser entendida analisando o histórico de inflação no Brasil e o rendimento oferecido pelos ativos judiciais.
Como você viu, a rentabilidade dos ativos judiciais pode chegar a superar 20% a.a. Em períodos convencionais, no Brasil, a inflação costuma ficar entre 3% e 6%. Logo, o seu ganho ao investir nessa alternativa garante o seu poder de compra com o passar do tempo.
Mesmo em 2021, quando a inflação ficou em um patamar elevado — 10,06% no acumulado anual — os ativos judiciais conseguiram oferecer rendimentos acima dela.
4. Descorrelação com o mercado tradicional
Por ser um investimento alternativo, os ativos judiciais não têm relação com o mercado tradicional. Isso significa que o seu desempenho tem menos influência da situação econômica do país, como acontece com as ações ou até com títulos convencionais de renda fixa.
Diferentemente dos investimentos convencionais, os ativos judiciais não têm critérios afetados por conta de políticas monetárias estabelecidas pelo Governo, notícias divulgadas por empresas, entre outras questões.
Durante períodos de turbulência, como recessões e crises, os ativos judiciais tendem a manter sua estabilidade. Isso acontece porque seu valor se baseia, principalmente, em litígios em andamento ou na recuperação de dívidas, em vez de depender de fatores econômicos amplos.
Além disso, investidores podem adquirir ativos judiciais a preços descontados, o que permite gerar lucros independentemente da alta ou baixa dos mercados.
5. Diversificação do portfólio
Por fim, outra vantagem de investir em ativos judiciais é que eles possibilitam diversificar a sua carteira de investimentos. Assim, além de ter a oportunidade de aumentar a rentabilidade do seu portfólio, você ainda pode equilibrar os seus riscos do portfólio.
Isso ocorre, em especial, porque você viu que os ativos judiciais são descorrelacionados ao mercado tradicional. Logo, se você tiver ações em seu portfólio e elas desvalorizarem devido a uma situação específica, os investimentos alternativos podem ajudar a mantê-lo com resultados positivos.
Se de um lado alguns investimentos convencionais podem oscilar e perder valor, do outro os ativos judiciais tendem a valorizar devido às suas características. Desse modo, independentemente do cenário, a sua carteira pode se manter estável e resiliente.
Para entender melhor, imagine um portfólio composto apenas por ações de empresas brasileiras. Caso circunstâncias internas ou externas provoquem uma queda na bolsa, essa situação tende a afetar toda a carteira.
Por outro lado, ao incluir ações, ativos judiciais e outros investimentos no portfólio, você pode amenizar o impacto da queda na bolsa. Dessa forma, a carteira não sofrerá comprometimento total.
Investir em ativos judiciais oferece uma série de vantagens para investidores e neste post você conheceu as 5 principais. Se você tiver se interessado por essa alternativa disponível fora do mercado tradicional, não deixe de estudá-la e considerá-la para o seu portfólio.
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