Ativos alternativos que enfrentam a crise do Covid-19

A matéria “L’Automobile De Collection Face À La Crise Du Covid-19”, realizada pela Forbes da França mostra como um dos ativos alternativos tem se saído bem mesmo no cenário causado pela Pandemia,

Os carros clássicos viram seu valor aumentar em cerca de 700% desde 2005, se demonstrando um excelente ativo alternativo. Mas qual é o estado desse mercado hoje e o que fazer diante da crise do coronavírus?

 

O mercado de carros colecionáveis durante a crise

Mesmo com as atividades que envolvem os carros antigos, como leilões e feiras, terem sido canceladas devido ao isolamento social, casas de leilões apostam em vendas online e marketing digital para restabelecer seu comércio.

Depois que as vendas presenciais se qualificaram como bem sucedidas em janeiro, fevereiro e inclusive no início de março, as primeiras grandes vendas online também se mostraram bem sucedidas.

Entre as peças mais notáveis, há, por exemplo, um ‘Coda Tronca’ da Alfa Romeo de 1962, vendido por 670 mil euros. Já um Lister Maserati de 1956, encontrou um comprador ao preço de 575 mil libras e por último, um Porsche GT2 de 1996 que mal percorreu 30.000 km em 24 anos foi vendido por 891 milhões de dólares.

O interesse do comprador de ativos alternativos é motivado por uma confiança decrescente na política fiscal e monetária dos governos e dos bancos centrais do Ocidente e, portanto, de suas moedas.

A perda de poder de compra, o declínio nos mercados e a incerteza econômica estão direcionando os investidores para ativos alternativos.

O surgimento do setor automobilístico colecionável, com desempenho mais que adequado, faz deste ativo alternativo uma das primeiras escolhas dos investidores.

A adaptação do mercado de carros antigos

Em 21 de maio, a Rm-Sotheby’s (uma das maiores casas de leilões da Europa) começará sua venda puramente online com leilões que durarão até uma semana para cada um dos 169 lotes que possui.

O cancelamento e o adiamento dos eventos mais importantes que geralmente animam o setor em todo o mundo, como o Le Mans Classic na França (adiado para 2021), o ‘ Goodwood Festival of Speed” na Inglaterra (adiada no outono, data ainda não comunicada), e os concursos de elegância da Villa d’Este na Itália (adiada em outubro) e de Pebble Beach na Califórnia (cancelada) mostram o efeito prejudicial do coronavírus para esse mercado.

Mas a incerteza para os investidores e, portanto, os colecionadores, está estimulando o interesse nesse setor, que se posicionou como uma categoria viável por si só. Apesar dos leilões cancelados, adiados ou rebaixados para um formato puramente on-line, que normalmente envolveria esses eventos, o mercado está avançando, mostrando relativa resiliência.

As vendas públicas e as transações privadas se baseiam no fornecimento de uma inspeção detalhada de cada carro. A contenção social complica o aspecto da inspeção que deve ocorrer antes do início do leilão ou da conclusão da venda.

 

 

A tendência para os tipos mais populares de carros hoje em dia não é óbvia, mas quanto mais raro e caro for um carro, mais uma inspeção é necessária e até obrigatória.

Quem pode garantir a autenticidade pode se sair bem. Já o restante deve aguardar o fim do isolamento social. Vale lembrar que, mesmo com um certificado em mãos, para um colecionador levar milhões em divisas para adquirir um automóvel, é necessária uma inspeção visual. Potencialmente, haverá uma onda de transações assim que o fim da contenção estiver totalmente estabelecido.

Na maior parte, a contenção não impediu desde o início de março a continuação dos trabalhos de preparação e restauração neste inverno. Agora, esses carros já estão prontos para pegar a estrada.

Nota do autor

A ascensão de ativos alternativos se deu em meio da crise do subprime, naquela época assim como hoje, aparece a necessidade de ativos diferentes que não estão correlacionados com o mercado financeiro. E, em uma eventual queda  sua rentabilidade não reduziria, mas sim, se manteria estável ou crescente.

Para ler a matéria na íntegra, acesse:

L’Automobile De Collection Face À La Crise Du Covid-19

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