CCB: O que são e 5 Motivos para investir ainda hoje

Investir em cédula de crédito bancário (CCB) pode ser uma escolha para aqueles que desejam aproveitar investimentos alternativos. Ela funciona quando uma pessoa física ou jurídica emite um título de crédito para uma instituição financeira, com a expectativa de pagamento futuro.

A CCB foi instituída pela Lei nº 10.931/2004, de 2004. No entanto, mesmo depois de tantos anos de sua criação, essa alternativa ainda não é tão conhecida pelo público. Se você tem interesse em ampliar e diversificar o seu portfólio, vale a pena saber mais sobre essa opção.

A seguir, você poderá conferir o que é e 5 vantagens de investir em CCB e que podem justificar o seu aporte nessa alternativa.

Acompanhe!

O que são CCB’s?

A Cédula de Crédito Bancário (CCB) é um título executivo extrajudicial, regulamentado pela Lei 10.931/2004. Em termos simples, a CCB é um documento que comprova a obrigação de pagamento de um empréstimo ou financiamento contratado por um cliente junto a um banco ou instituição financeira.

O grande diferencial desse título é que ele tem lastro bancário, o que significa que a operação está formalizada em contrato e respaldada por uma instituição financeira, conferindo segurança jurídica às partes envolvidas. Em caso de inadimplência, o banco pode executar judicialmente a dívida com base na CCB.

Como funciona uma CCB na prática?

Quando alguém contrata um financiamento ou empréstimo com um banco, a CCB pode ser emitida como forma de formalizar essa operação. No documento, constam todas as condições do crédito, como:

  • Valor principal do empréstimo;
  • Taxa de juros contratada;
  • Prazos para pagamento;
  • Multas e encargos em caso de atraso;
  • Outras condições específicas do contrato.

A partir do momento em que a CCB é assinada, o devedor se compromete a cumprir as condições do contrato, e o banco ganha uma garantia formal de que pode cobrar a dívida, caso o pagamento não seja efetuado conforme o combinado.

Exemplo prático de uma CCB

Imagine que uma empresa precise de R$ 1 milhão para financiar a expansão de sua operação. Ela busca um banco e contrata um empréstimo, formalizando a operação por meio de uma CCB. No documento, ficam estabelecidos:

  • O prazo para pagar a dívida, de 24 meses;
  • Juros anuais de 10%;
  • Multa de 2% sobre o saldo devedor em caso de atraso.

Se a empresa cumprir todos os pagamentos dentro do prazo, a CCB será liquidada sem maiores complicações. Porém, caso ela atrase, o banco poderá cobrar os valores devidos, com base no título executivo.

5 Motivos para investir em CCB’s ainda hoje:

1. Rentabilidade das CCB’s está acima de produtos tradicionais da renda fixa

Tanto as alternativas de renda fixa mais tradicionais do mercado quanto as CCBs remuneram os seus investidores com taxas pré-fixadas, pós-fixadas ou híbridas.

No caso da CCB, ela pode ser atrelada a uma taxa fixa ou a indicadores econômicos, como a Selic ou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Contudo, a cédula de crédito bancário tende a ser mais flexível e a oferecer maior remuneração aos titulares.

O maior retorno ao investir em CCB em comparação às alternativas de renda fixa está no fato de que o investimento pode oferecer mais riscos. Isso acontece porque ele não é assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que protege diversas aplicações financeiras.

Ademais, existe a possibilidade de o título ser emitido sem garantia. Nesse caso, a remuneração mais alta pode ser usada como uma maneira de compensação ao risco maior apresentado pela alternativa.

2. Possibilidade diversificada de emissão do título

Segundo o artigo 27 da lei que instituiu o título, a cédula de crédito bancário pode ser emitida, com ou sem garantia, real ou fidejussória, cedularmente constituída. Mas o que significa cada um desses termos?

Na verdade, se o título for do tipo com garantia, é sinal de que ele é respaldado por ativos reais — como imóveis. No geral, CCBs emitidas desse modo oferecem maior segurança, mas têm menor rentabilidade.

Já a emissão sem garantia reflete flexibilidade, permitindo que mesmo aqueles que não têm ativos tangíveis também participem da operação. A tendência é que o retorno sobre os títulos seja maior, como você conferiu, ainda que os riscos aumentem.

Além disso, vale compreender os demais termos da legislação. A palavra “fidejussória” significa que a CCB pode ser garantida por um fiador, ou seja, alguém que assume a responsabilidade de pagar em caso de inadimplência.

Por fim, o termo “cedularmente constituída” trata sobre a formalização da operação por meio de um documento específico — nesse caso, a própria CCB. Dessa maneira, a flexibilidade é uma característica marcante das cédulas.

Com elas, o investidor pode escolher entre diferentes modos para emitir os títulos, possibilitando a personalização do risco e retorno de acordo com as suas circunstâncias e objetivos.

Para quem investe, as CCBs com garantia de ativos reais podem gerar mais confiança. Já a emissão sem garantia oferece a oportunidade de maiores rentabilidades. Portanto, a variedade de emissão da CCB demonstra como a alternativa pode ser adaptável às necessidades de cada investidor.

3. Baixo risco em comparação a outras possibilidades

Também convém avaliar que a cédula de crédito bancário pode ser considerada por investidores que desejam correr menos riscos. Uma das razões para a maior segurança está na possibilidade de emissão com garantias reais, como você conferiu.

Mesmo no caso das CCBs sem garantias, elas são menos voláteis se comparadas a investimentos como ações ou criptomoedas. Como ela tende a oferecer mais estabilidade, ela se torna menos arriscada e pode ser estratégia para investidores que não desejam se arriscar na renda variável, por exemplo.

Vale destacar que, ainda que as cédulas sejam potencialmente mais seguras do que determinadas oportunidades, nenhum investimento está livre de risco. A avaliação cuidadosa de suas metas financeiras pessoais, perfil de risco e horizonte de investimento é crucial ao tomar a decisão.

4. Alinhamento aos objetivos de médio e longo prazo

A cédula de crédito bancário pode se mostrar oportuna para estratégias de investimento que contemplem um período alinhado com a data de vencimento — que costuma ser superior a 1 ano. Isso acontece porque frequentemente a CCB não permite resgate antecipado.

Então o valor aplicado pelo investidor só poderá ser resgatado no vencimento do título. Como resultado, as CCBs tornam-se uma alternativa adequada para objetivos de médio e longo prazo.

Vale destacar que, apesar de a liquidez menor aumentar o risco nesse sentido, a característica amplia o incentivo para a manutenção da aplicação por mais tempo. Logo, você aproveitará melhor os efeitos dos juros compostos.

5. Maior diversificação de renda fixa

Você já deve saber que diversificar a carteira de investimentos é uma maneira de mitigar riscos. Nesse sentido, as cédulas de crédito bancário são mais uma alternativa para alocar parte do seu patrimônio em renda fixa.

Ao investir em CCB, você se beneficia do potencial de rendimento mais elevado e se expõe a uma gama mais ampla de oportunidades. Em vez de se ater a alternativas como títulos públicos e outras aplicações tradicionais, essas cédulas aumentam as possibilidades do investidor.

A busca por novas oportunidades pode contribuir para diversificar seu portfólio ou reduzir a volatilidade de uma carteira mais arrojada. No geral, essa é uma forma de oferecer equilíbrio com a renda fixa convencional e até a renda variável e as oportunidades mais inovadoras.

É importante destacar que a alocação ideal depende de uma análise criteriosa sobre os aspectos que envolvem as aplicações. Logo, considere cuidadosamente fatores de risco, retorno e liquidez antes de realizar investimentos.

Conclusão sobre CCB

Como você conferiu, a cédula de crédito bancário é um tipo de título de renda fixa semelhante a um empréstimo, sendo realizado entre pessoas físicas ou jurídicas e instituições financeiras. Ao conferir esses 5 motivos para investir em CCB, a sua decisão pode se tornar mais fácil.

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