A matéria realizada pela Wealth Professional, site de pesquisas canadense, a partir do relatório Preqin, mostrou a opinião dos gestores de fundos alternativos sobre os impactos em seus fundos devido a crise do Covid-19.
“Investors are rethinking alternative fund allocations for 2020”
A pandemia de COVID-19 torna inevitáveis os desafios contínuos para operadores de ativos alternativos.
A pandemia do corona vírus também trouxe desafios significativos para o setor de fundos de ativos alternativos, uma vez que houve a redução das operações devido a crescente cautela dos investidores.
A pesquisa levantada pelo relatório Preqin com gestores de fundos de ativos alternativos revelou que a interrupção econômica e as restrições de viagens levaram os investidores a adiar o comprometimento com os fundos. Os gestores de fundos acabaram enfrentando desafios na captação de recursos, originação de novos negócios e operações da carteira.
O que esperar de 2020
Os analistas da Preqin visualizaram desafios contínuos durante o restante de 2020. Quase metade dos investidores, conforme pesquisa, estão preocupados com o impacto do efeito denominador em seu portfólio. Um quarto está preocupado com sua liquidez para financiar as chamadas de capital.
Mais da metade dos gestores que possuem fundos de ativos alternativos abertos disse que houve uma diminuição no processo de captação de recursos, mas, somente 1% o abandonou completamente.
No entanto, existem alguns pontos positivos, apesar de os gestores e os investidores de fundos esperarem um impacto ligeiramente negativo a longo prazo causado pela crise do COVID-19.
A maioria dos investidores relatou que a pandemia não terá impacto sobre o quanto investem em ativos alternativos, e 29% planejam investir mais como resultado.
Enquanto isso, mais de 60% dos gestores de fundos afirmam que a pandemia não afetou o seu retorno desejado no mercado. Ademas, 75% dizem que não ajustarão sua estratégia de investimento como resultado da pandemia.
Um total de 69% dos gestores desses fundos diz que o COVID-19 impactou negativamente a captação de recursos de potenciais investidores. E 61% dos gestores relataram impacto nas operações de seu portfólio. Já o impacto na originação de negócios foi sentido por 59% dos gestores.
Porém, mais de um terço acredita que suas operações comerciais retornarão ao normal em 3 a 6 meses. E outros 34% dizem que será de 6 a 12 meses.