Na hora de escolher um investimento para sua carteira, é importante analisar diversos fatores, como segurança, liquidez e prazo, entre outros. Contudo, um conceito que não costuma receber a devida atenção é o valor presente.
Com o passar do tempo, o valor do dinheiro sofre mudanças conforme a economia e as condições do mercado. Desse modo, é importante entender como calcular o valor presente para encontrar os melhores ativos disponíveis.
Quer saber mais sobre o assunto? Então acompanhe a leitura e descubra para que serve o valor presente!
O que é e para que serve o valor presente?
O valor presente é um conceito fundamental no mundo das finanças. Ele representa quanto um investimento, ativo financeiro ou montante de dinheiro vale hoje, considerando o seu valor futuro e o tempo que falta para ser recebido.
Para entender melhor, imagine que você tem a opção de ter R$ 1.000 daqui a um ano ou a outra quantia hoje. O valor presente seria o montante que você precisaria receber atualmente para que ele seja equivalente à oferta futura — e conhecê-lo ajudará a determinar se a quantia oferecida é interessante.
Na prática, o valor presente depende de fatores como a taxa de juros e o risco associado ao pagamento futuro. De modo geral, o valor presente é bastante utilizado em diversas áreas, como investimentos, gestão financeira empresarial e avaliação de projetos.
Nesses contextos, ele fornece uma maneira de comparar fluxos de caixa de diferentes períodos e avaliar a viabilidade de diversas alternativas de investimento. Isso inclui desde ativos financeiros tradicionais até investimentos alternativos e ativos reais.
Portanto, tanto para as empresas quanto para um investidor, conhecer o cálculo do valor presente é essencial para a tomada de decisão e o planejamento. Afinal, para alcançar uma meta no futuro, é fundamental entender quanto será necessário ter ou investir hoje.
Como calcular o valor presente de um ativo?
Após entender o conceito de valor presente e como ele funciona, vale a pena saber como calculá-lo. Para tanto, é preciso compreender o conceito de juros compostos e como eles funcionam.
Veja a seguir!
Juros compostos
Os juros compostos representam a maneira como os juros são acumulados com o passar do tempo. Ao contrário dos juros simples, em que as taxas são aplicadas apenas sobre o principal inicial, os compostos incidem também sobre os retornos acumulados em períodos anteriores.
Esse processo resulta em um crescimento exponencial do valor ao longo do tempo. Para entender melhor como os juros compostos funcionam, suponha que você invista R$ 10.000 com uma taxa de juros anual de 10%.
No primeiro ano, você ganhará R$ 1.000 em juros, resultando em um total de R$ 11.000 (R$ 10.000 de principal + R$ 1.000 de retorno). No segundo ano, os juros compostos serão calculados sobre os R$ 11.000, não apenas sobre os R$ 10.000 iniciais.
Se a taxa de juros permanecer a mesma, você obterá R$ 1.100 em juros durante o segundo ano, resultando em um total de R$ 12.100. O processo continua a cada ano, com os juros sendo calculados sobre o montante total, incluindo os rendimentos acumulados dos períodos anteriores.
Essa capacidade dos juros compostos de gerar crescimento exponencial ao longo do tempo é o que os torna tão importantes em termos de acumulação de riqueza. Mesmo com taxas de juros baixas ou investimentos iniciais modestos, eles podem resultar em um aumento substancial do valor ao longo do tempo.
Mas vale destacar que esse efeito é mais facilmente percebido desde que o investimento seja mantido por um período prolongado.
Cálculo do valor presente
Para calcular o valor presente de um determinado montante futuro, considerando uma taxa de juros ao longo de um período, você deve usar a fórmula a seguir:
VP = VF / (1+i)n
Nessa equação, as variáveis são:
- VP: valor presente;
- VF: valor futuro;
- i: taxa de juros ou de desconto;
- n: número de períodos.
Para aprofundar o seu conhecimento, vale a pena analisar um exemplo prático. Imagine que um investidor deseje alcançar a quantia de R$ 30.000 em um prazo de 3 anos. Nesse caso, imagine que o ativo pagará 10% ao ano.
Considerando o exemplo, o cálculo é o seguinte:
VP = 30.000 / (1+0,1)3
VP = 30.000 / (1,1)3
VP = 30.000 / 1,331
VP = 22.539,44
Portanto, para alcançar o objetivo de ter R$ 30.000 em 3 anos nessas condições, será preciso investir hoje o valor aproximado de R$ 22.539,44. Aqui se assume que ele receberá apenas os juros pagos pelo investimento e não estão sendo considerados impostos e outros possíveis encargos.
Qual é a diferença entre valor presente e valor futuro?
Agora que você já sabe como calcular o valor presente de um ativo, é importante entender as diferenças entre esse conceito e o valor futuro.
Como você entendeu, o valor presente reflete o valor atual de um investimento, considerando uma taxa de juros. Ele é muito importante para os investidores, pois ajuda a determinar quanto eles precisam investir inicialmente para alcançar um determinado objetivo financeiro no futuro.
Por outro lado, o valor futuro é o montante que um ativo, aplicação ou quantia valerá em uma data posterior. Ele é calculado considerando o valor presente somado a uma taxa de juros ao longo do tempo.
Da mesma maneira, o valor futuro é essencial para os investidores, já que permite projetar quanto o será possível obter com o investimento ao longo do tempo. Além disso, ele ajuda a comparar alternativas em busca daquela que atende aos seus objetivos.
Uma vez que o valor futuro é concretizado, ele se tornará o valor presente. Isso significa que, à medida que o tempo avança e os investimentos acumulam juros, o valor futuro se torna o novo valor presente.
Assim, o ciclo continua, com os investidores usando o novo valor presente como base para as próximas decisões de investimento.
Neste conteúdo, você entendeu o conceito de valor presente e como calculá-lo, na prática. Portanto, na hora de investir, lembre-se de utilizar esse e outros dados para tomar as melhores decisões em relação aos investimentos!
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