Para quem está começando, o glossário de investimentos pode parecer um obstáculo, mas entender os principais termos é essencial para tomar decisões informadas e seguras. Confira!
Iniciar sua jornada no mundo dos investimentos pode parecer desafiador, especialmente diante da vasta quantidade de termos técnicos.
Por isso preparamos um glossário de investimentos prático e direto, ideal para investidores iniciantes e para aqueles que buscam consolidar seu conhecimento financeiro.
Aqui, desvendaremos os significados de siglas e conceitos fundamentais como CDI, CR, IPCA, Selic e LCI, além de muitos outros termos de investimento cruciais.
Continue a leitura e transforme sua compreensão sobre o mercado financeiro.
Por que entender o glossário de investimentos é fundamental para iniciantes
A falta de conhecimento dos termos pode gerar dúvidas, insegurança e, consequentemente, decisões financeiras menos eficientes.
Dominar os termos de investimento permite que você compreenda as informações apresentadas por instituições financeiras, assessores de investimento e notícias do mercado.
Essa familiaridade com o glossário financeiro é a base para construir uma estratégia de investimento sólida e alinhada aos seus objetivos.
Um investidor iniciante que compreende o que é CDI, IPCA ou Selic, por exemplo, consegue avaliar melhor a rentabilidade estimada de um investimento de renda fixa e entender como fatores macroeconômicos podem afetar seus rendimentos.
Portanto, um glossário financeiro bem compreendido permite que você participe de conversas com outros investidores e profissionais do mercado, além de facilitar a busca por informações relevantes e aprofundadas.
Termos básicos e fundamentais para quem está começando a investir
Para facilitar sua jornada no mundo dos investimentos, apresentamos um glossário de investimentos com os termos básicos e fundamentais que todo iniciante precisa conhecer:
Taxas de referência econômica
Confira a seguir as principais taxas de referência econômica:
CDI (Certificado de Depósito Interbancário)
O CDI é uma taxa de referência que reflete os juros praticados em empréstimos de curtíssimo prazo entre instituições financeiras. Em outras palavras, é o custo que as instituições financeiras pagam umas às outras quando emprestam dinheiro entre si.
A rentabilidade de diversos produtos, como CDBs e LCIs, geralmente é expressa como um percentual do CDI (por exemplo, 100% do CDI).
Selic
A Selic representa a principal taxa de juros do Brasil, sendo determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), órgão vinculado ao Banco Central.
Ela é o principal instrumento de política monetária utilizado para controlar a inflação. A Selic influencia todas as outras taxas de juros do mercado, incluindo as taxas de empréstimos e financiamentos, bem como a rentabilidade dos investimentos.
Quando a Selic aumenta, o custo do crédito fica mais caro e, teoricamente, a inflação tende a cair. Nos investimentos, a Selic impacta diretamente os títulos públicos atrelados a ela (Tesouro Selic) e também serve como referência para outros investimentos de renda fixa.
IPCA
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é o indicador oficial que mede a inflação no Brasil e é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ele monitora as mudanças nos preços de bens e serviços comprados por famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, sendo o índice oficial utilizado para medir a inflação no Brasil.
O objetivo desses investimentos é proteger o poder de compra do investidor ao longo do tempo, oferecendo uma rentabilidade estimada acima da inflação.
IGP-M
O IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) é outro índice de inflação amplamente utilizado no Brasil, calculado pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Diferentemente do IPCA, o IGP-M leva em consideração os preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil.
Embora não seja o índice oficial de inflação, o IGP-M é frequentemente utilizado no reajuste de contratos de aluguel e em alguns tipos de investimento.
Tipos de investimentos de renda fixa
A seguir os principais tipos de investimentos em renda fixa:
LCI (Letra de Crédito Imobiliário)
A LCI é um título de renda fixa emitido por bancos para financiar o setor imobiliário. Uma das principais características da LCI para a pessoa física, por enquanto, é a isenção de Imposto de Renda, o que pode torná-la uma opção atrativa para investidores iniciantes.
No entanto, o governo propôs uma nova mudança. Uma medida provisória (MP) prevê a aplicação de uma alíquota de Imposto de Renda de 5% sobre ativos de crédito imobiliário e do agronegócio, eliminando a isenção atualmente vigente. A alteração abrange vários papéis atualmente isentos, incluindo a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA).
Os riscos da LCI são geralmente considerados baixos, pois esses títulos contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). A rentabilidade estimada da LCI pode ser prefixada (taxa fixa) ou pós-fixada (atrelada a um percentual do CDI).
LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)
A LCA é um tipo de investimento muito parecido com a LCI, mas direcionado ao financiamento do agronegócio.
As características, riscos e a forma de rentabilidade estimada da LCA são bastante similares aos da LCI, tornando-as opções comparáveis para investidores que buscam diversificar sua carteira na renda fixa com potencial de retorno interessante.
CDB (Certificado de Depósito Bancário)
O CDB é uma aplicação de renda fixa oferecida por bancos com o objetivo de captar recursos. Ao aplicar nesse título, o investidor está emprestando dinheiro à instituição financeira, que promete devolver o valor acrescido de juros em uma data previamente acordada.
Existem diferentes tipos de CDBs: prefixados (a taxa de juros é definida no momento da aplicação), pós-fixados (a rentabilidade estimada é atrelada a um indexador, como o CDI ou a Selic) e híbridos (combinam uma taxa fixa com um indexador, como o IPCA).
Os CDBs também contam com a proteção do FGC, dentro dos limites estabelecidos. A rentabilidade estimada dos CDBs varia de acordo com o emissor, o prazo e o tipo de CDB.
Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um programa do governo federal que permite a pessoas físicas investirem em títulos públicos de forma online.
Existem diferentes tipos de títulos disponíveis, cada um com suas características e formas de rentabilidade estimada: o Tesouro Selic (pós-fixado, atrelado à taxa Selic), o Tesouro IPCA+ (híbrido, oferece uma taxa fixa mais a variação do IPCA, ideal para proteção contra a inflação), e o Tesouro Prefixado (taxa de juros definida no momento da compra).
O Tesouro Direto é considerado de baixo risco e um investimento acessível a diversos perfis de investidores.
Debêntures
As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas (e não por bancos) para captar recursos no mercado.
Ao investir em debêntures, você está emprestando dinheiro para a empresa emissora, que se compromete a pagar juros periódicos e devolver o valor principal no vencimento
Elas podem oferecer uma rentabilidade estimada maior do que outros investimentos de renda fixa, mas geralmente apresentam um nível de risco um pouco mais elevado, pois não contam com a proteção do FGC.
CRs (Certificados de Recebíveis)
Os Certificados de Recebíveis (CRs) são um tipo de investimento que representa uma promessa de pagamento ligada a créditos que empresas ou instituições têm a receber.
Imagine que uma empresa financiou a venda de um imóvel ou concedeu crédito para produtores rurais e, ao invés de esperar o pagamento diretamente, ela “transforma” esses direitos em um título (o CR) que é vendido para investidores.
Para quem investe, isso significa que você está emprestando dinheiro para esses créditos serem pagos no futuro, e em troca, recebe juros por isso. É uma forma bastante interessante de diversificar investimentos porque geralmente está ligado a setores importantes da economia, como o imobiliário e o agronegócio.
Além disso, os CRs costumam ser emitidos por instituições especializadas, como securitizadoras, que organizam esses créditos e cuidam da emissão dos títulos. Eles são uma alternativa para quem quer investir em algo mais estruturado, com lastro em operações reais, e com potencial de rendimento atrativo.
Conceitos de rendimento e rentabilidade
Abaixo temos a explicação de alguns conceitos relacionados a rendimento e rentabilidade nos investimentos:
Rentabilidade bruta e líquida
A rentabilidade bruta é o retorno total de um investimento antes da dedução de impostos, taxas e inflação. Já a rentabilidade líquida é o valor que efetivamente sobra para o investidor após o pagamento desses custos.
Ao analisar diferentes opções de investimento, é fundamental considerar a rentabilidade líquida para ter uma visão clara do retorno real que você poderá obter.
Impostos como o Imposto de Renda e taxas de administração podem impactar significativamente a rentabilidade final do seu investimento.
Rendimento estimado
As taxas apresentadas no momento da aplicação são projeções baseadas em condições de mercado e indexadores como o CDI e a Selic.
Diversos fatores econômicos podem influenciar essas taxas, fazendo com que a rentabilidade final do investimento seja diferente daquela inicialmente estimada.
Portanto, ao analisar um investimento, foque na compreensão de como a rentabilidade é calculada e quais fatores podem influenciá-la, sempre ciente de que se tratam de projeções.
Liquidez
Liquidez é a facilidade com que um investimento pode ser convertido em dinheiro sem perda significativa de valor.
Investimentos com alta liquidez podem ser resgatados rapidamente, caso o investidor necessite dos recursos. Por outro lado, investimentos com baixa liquidez podem levar mais tempo para serem convertidos em dinheiro ou podem exigir um desconto no valor de venda.
A liquidez é um fator importante a ser considerado ao escolher um investimento, pois ela deve estar alinhada aos seus objetivos e necessidades financeiras.
Prazo de vencimento
O prazo de vencimento é a data em que o valor principal de um investimento de renda fixa será devolvido ao investidor, acrescido dos juros acumulados.
Trata-se de uma característica fundamental a ser considerada, pois ele define por quanto tempo seu dinheiro ficará investido e quando você poderá resgatá-lo.
Outros termos financeiros importantes no glossário para investidores iniciantes
Além dos termos básicos, existem outros conceitos importantes que fazem parte do glossário para investidores iniciantes:
Fundos de investimento
Fundos de investimento funcionam como uma forma de aplicação coletiva, onde o dinheiro de vários investidores é reunido para ser administrado por um gestor e investido em diversos tipos de ativos, como renda fixa, ações e outros produtos financeiros.
A gestão do fundo é realizada por um gestor profissional, que toma as decisões de investimento de acordo com a estratégia do fundo.
Existem diversos tipos de fundos, como fundos de renda fixa (investem principalmente em títulos de renda fixa), fundos multimercado (têm mais flexibilidade para investir em diferentes classes de ativos) e fundos de ações (investem a maior parte dos recursos em ações de empresas).
Os fundos cobram taxas, como taxa de administração (pelo serviço de gestão) e taxa de performance (quando o fundo supera um determinado índice de referência).
Ações e bolsa de valores
Ações são frações do capital de uma empresa, e ao adquiri-las, o investidor se torna sócio daquela companhia e passa a ter direito a participar dos ganhos obtidos pela empresa, que podem ser repassados aos acionistas por meio de dividendos ou outros tipos de proventos.
A negociação de ações ocorre na bolsa de valores, que é um ambiente onde compradores e vendedores se encontram para realizar transações.
Aplicar em ações pode trazer um retorno estimado acima da média, porém é importante considerar que esse tipo de investimento também está sujeito a oscilações expressivas do mercado, o que aumenta o nível de risco envolvido.
Ativos alternativos
Ativos alternativos são investimentos que não fazem parte das categorias tradicionais, como ações, títulos públicos ou fundos comuns. Eles incluem oportunidades em áreas como arte, commodities, criptomoedas, fundos de private equity e até direitos judiciais ou musicais.
Por não estarem diretamente ligados ao mercado financeiro tradicional, esses ativos podem oferecer formas diferentes de retorno, com riscos e prazos variados.
Eles são geralmente usados para diversificar a carteira e buscar proteção contra oscilações do mercado convencional. Embora costumem exigir mais análise e possam ter menor liquidez, os ativos alternativos têm ganhado espaço entre investidores que buscam inovação e potencial de retorno fora do óbvio.
Real Estate
Real Estate é o termo usado para se referir a investimentos no setor imobiliário. Isso inclui a compra direta de imóveis, como casas e prédios comerciais, mas também investimentos indiretos, como projetos de incorporação.
Esses investimentos costumam atrair quem busca renda passiva (por meio de aluguéis, por exemplo) ou valorização no longo prazo.
Investir em Real Estate pode ser uma forma de diversificar o portfólio com um ativo físico e, em muitos casos, mais previsível.
Riscos nos investimentos
Todo investimento envolve algum nível de risco. No glossário investimentos, alguns dos principais tipos de risco incluem o risco de crédito (possibilidade de o emissor do título não honrar o pagamento), o risco de mercado (perda de valor do investimento devido a flutuações no mercado) e o risco de liquidez (dificuldade de vender o investimento rapidamente a um preço justo).
É fundamental que cada investidor avalie seu perfil de investidor (conservador, moderado ou arrojado) para escolher investimentos que sejam adequados às suas tolerâncias e objetivos.
Outros termos comuns
Inflation Linked (Indexado à inflação)
Refere-se a investimentos cuja rentabilidade estimada está atrelada a um índice de inflação, como o IPCA.
O objetivo desses investimentos é proteger o poder de compra do investidor contra a alta dos preços.
Prefixado e pós-fixado
- Prefixado: a taxa de juros é definida no momento da aplicação, permitindo que o investidor saiba exatamente qual será a rentabilidade estimada se o título for mantido até o vencimento.
- Pós-fixado: a rentabilidade estimada é atrelada a um indexador, como o CDI ou a Selic, variando ao longo do tempo conforme as flutuações desses indicadores.
Diversificação
É a prática de investir em diferentes tipos de ativos e emissores para reduzir a exposição a riscos específicos.
Diversificando sua carteira, você busca equilibrar o potencial de rentabilidade estimado com a segurança dos seus investimentos.
Como usar o glossário para tomar melhores decisões financeiras?
Integrar o hábito de consultar um glossário investimentos, como este oferecido pela Hurst Capital, é um passo importante para tomar decisões financeiras mais sólidas e conscientes.
Sempre que encontrar um termo desconhecido, recorra ao glossário para entender seu significado e sua relevância no contexto.
Dominar a linguagem do mercado financeiro evita armadilhas e falsas promessas, permitindo que você avalie propostas de investimento com mais discernimento.
Erros comuns que iniciantes cometem por falta de conhecimento do glossário
Um erro comum é ter uma expectativa errada sobre rendimento garantido, acreditando em promessas de retornos fixos sem entender os riscos envolvidos.
Outro equívoco frequente é confundir diferentes tipos de taxas e índices, o que dificulta a comparação entre investimentos.
Além disso, a escolha inadequada de investimentos por não entender conceitos como liquidez e prazo também é um erro comum.
Utilizar este glossário financeiro como guia pode ajudar a evitar esses tropeços iniciais.
Onde encontrar fontes confiáveis para ampliar o glossário de investimentos
Para continuar a aprofundar seu conhecimento e ampliar seu glossário de investimentos, é importante buscar fontes confiáveis e atualizadas.
Além do blog da Hurst Capital, que oferece conteúdo relevante e especializado, existem outros sites e blogs de instituições financeiras renomadas e canais oficiais do governo que podem ser excelentes recursos.
Priorize fontes de credibilidade e fique atento a informações desatualizadas ou promessas de retornos irreais.
A educação financeira é um processo contínuo, e a busca por conhecimento em fontes seguras é fundamental para o sucesso nos seus investimentos.
Como colocar em prática seu conhecimento sobre o mercado financeiro
Agora que você já domina os principais termos do universo financeiro, é possível dar os primeiros passos com mais clareza e autonomia. Entender conceitos como CDI, CR, IPCA, Selic e outros é um diferencial importante para tomar decisões mais conscientes.
Se quiser colocar esse conhecimento em prática, existem plataformas que oferecem opções compatíveis com diferentes perfis de investidor e que prezam pela transparência nas informações, como é o caso da Hurst Capital.
Com uma base mais sólida, você pode começar a explorar novas oportunidades, sempre atento aos riscos envolvidos e buscando construir uma carteira diversificada de forma estratégica.
Se estiver pronto para dar esse próximo passo, vale conhecer como funcionam as aplicações em ativos alternativos e abrir sua conta para começar a investir de forma mais consciente e alinhada ao seu momento.
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