O mercado financeiro vem se desenvolvendo e oferecendo novas oportunidades de investimento — especialmente relacionadas ao avanço da tecnologia. Atualmente, quem deseja investir em obras de arte brasileiras, por exemplo, pode recorrer à tokenização.
O processo é bastante versátil e pode trazer vantagens para a diversificação da sua carteira. Contudo, para considerar o uso dos tokens, é importante conhecê-los e entender como eles funcionam. Assim, você pode analisar se o investimento está alinhado às suas necessidades.
Neste artigo, você entenderá como funciona a tokenização de obras de arte brasileiras e estrangeiras. Continue a leitura e confira!
O que é tokenização?
O processo de tokenização se baseia na digitalização e fragmentação de ativos em unidades criptografadas. Essas partes menores são chamadas de tokens, que representam o registro de um ativo real no meio digital e podem ser disponibilizadas aos investidores digitalmente.
Já os ativos podem ser definidos como um bem real ou virtual com valor e que pode ser negociado entre os interessados. Um exemplo de tokenização de ativos reais são as obras de arte brasileiras. Assim, um artista pode tokenizar uma obra e disponibilizar os tokens no mercado.
Em relação aos ativos digitais, é possível tokenizar ações, por exemplo. Dessa forma, uma empresa de capital aberto pode fracionar seus papéis e negociar seus tokens. Assim, novos investidores podem fazer seus aportes de maneira mais acessível.
Ademais, a criação dos ativos tokenizados envolve a tecnologia blockchain. Trata-se de protocolos descentralizados que funcionam como um livro contábil digital. Dessa forma, as transações são validadas e ficam registradas no sistema.
Logo, a blockchain garante a segurança dos usuários e investidores por meio da criptografia. Então a negociação dos tokens ocorre a partir de contratos digitais e autoexecutáveis, conhecidos como smart contracts — também criados na blockchain.
Como funciona o processo de tokenização?
Agora que você sabe o que é a tokenização, é hora de entender como ela ocorre. O processo acontece em etapas estruturadas, que envolvem a identificação do ativo que será tokenizado.
O objetivo é verificar sua existência e garantir que ele atende às condições necessárias para viabilizar o processo. Se tudo estiver certo, o próximo passo é elaborar o contrato jurídico para definir os direitos do proprietário do token.
Após a criação dos smart contracts, acontece a oferta pública dos tokens. Assim, os interessados podem adquiri-los nas plataformas específicas, como a Hurst Capital. A partir do aporte, os investidores terão direitos sobre os resultados que os tokens gerarem.
Como funciona a tokenização de obras de arte brasileiras?
Como você aprendeu, é possível fazer a tokenização de ativos reais, como obras de arte. Assim, artistas têm à disposição uma tecnologia que autentica obras e está ganhando cada vez mais espaço no mercado. Trata-se do non-fungible token (NFT), ou token não-fungível, em português.
Esse é um ativo digital que representa a propriedade de um item físico não-fungível, como uma obra de arte. Ou seja, cada NFT representa itens exclusivos, com características únicas e que não tem o mesmo preço de outros tokens semelhantes.
Por exemplo, apesar de existirem diversas réplicas do quadro “A última ceia”, de Leonardo da Vinci, apenas um é original — e ele não pode ser trocado por itens de mesmo valor. Por esse motivo, o NFT está fortemente ligado ao mercado de artes e itens colecionáveis.
Contudo, vale destacar que a obra em si não é vendida, mas sim um certificado que representa o ativo. Logo, ao comprar um NFT, você adquire a propriedade de um bem digital e não a de um quadro, por exemplo.
No Brasil, a tokenização permitiu que obras de arte brasileiras ganhassem o mundo, ajudando a redefinir a cultura digital. Nomes como Alexandre Rangel, Monica Rizzolli, Nino Arteiro, Uno de Oliveira, Marlus e Lukas Azevedo estão entre os artistas que estão aliando arte, tokenização, criptoativos e blockchain.
Quais são as vantagens de investir em NFTs?
Após conhecer a tecnologia por trás do NFT, é interessante conhecer as vantagens de investir nessa alternativa. A primeira é a possibilidade de artistas obterem uma nova forma de remuneração ao transformar suas obras em formatos digitais.
Assim, eles podem comercializar suas obras de forma digital e ampliar as fontes de remuneração com o seu trabalho. Outro benefício dos tokens não-fungíveis é o seu potencial de valorização no mercado financeiro.
Afinal, enquanto o artista está vivo, ele cria relevância e demanda no segmento da arte. Após seu falecimento, não há oferta de novas obras e a quantidade disponível no mercado passa a ser mais limitada. Com isso, os colecionadores precisam disputar entre as poucas peças disponíveis.
Isso gera uma tendência de aumento de preços a cada transação. Se essa valorização ocorrer, é possível adquirir um NFT de uma obra de arte brasileira, por exemplo, e vendê-lo por um preço mais elevado no futuro, contabilizando o lucro.
E os riscos envolvidos?
Além das vantagens, os NFTs apresentam riscos que devem ser conhecidos antes de fazer o investimento nessa alternativa.
Um deles é a natureza especulativa desses ativos digitais. Logo, não é possível prever qual será sua valorização ao longo do tempo — nem se haverá lucro no futuro. Portanto, não há garantias de ganhos.
Outro risco relevante é o de liquidez. Se não houver compradores interessados nos tokens, não será fácil realizar a venda. Então o investidor poderá não conseguir transformar o NFT em dinheiro, ou precisará assumir perdas financeiras para se desfazer do investimento.
Vale a pena investir na tokenização de obras de arte?
Com base no conhecimento adquirido até aqui, você pode se interessar em investir em tokens de obras de arte brasileiras e internacionais. Como você viu, apesar das diversas vantagens, existem riscos envolvidos tanto no investimento quanto na especulação com os ativos digitais.
Portanto, é preciso avaliar o seu perfil de investidor antes de se expor a esse mercado. Isso ajuda a entender sua tolerância aos ricos e à volatilidade dos tokens. Outro ponto que deve ser considerado para avaliar se o aporte vale a pena são os seus objetivos financeiros.
Nesse sentido, é importante verificar se o token de interesse está alinhado com sua estratégia de investimento e se ele pode ajudá-lo a realizar seus planos. Em caso positivo, pode fazer sentido expor uma pequena parcela do seu patrimônio a esses investimentos alternativos.
Agora você sabe que a tokenização ajuda artistas a criarem obras de arte brasileiras únicas, autênticas e que não podem ser substituídas por outras, enquanto oferece novas oportunidades para investidores. Assim, os tokens também podem se alinhar a objetivos de investimento e diversificação, a depender do seu perfil de investidor e estratégia.
Quer investir em ativos reais? Então confira as possibilidades para investir em obras de arte e seja um investidor Hurst!