Matéria da Bloomberg sobre onde investir US$1 Milhão mostra ativos alternativos como destaque

Segundo a matéria “Where to Invest $1 Million Right Now”, realizada pela Bloomberg, mostra onde cinco especialistas entrevistados pretendem investir US$ 1 milhão neste momento de crise ressaltando os ativos alternativos como um possível destaque em suas carteiras.

Suas sugestões vão desde aplicativos para trabalho em home office a commodities como o cobre, e a tecnologias com desconto excessivo que devem se recuperar assim que a crise passar.

Os cinco especialistas entrevistados também propõem maneiras mais incomuns de gastar seu dinheiro, como os ativos alternativos.

 

Bill Street

O diretor de investimentos do grupo Quintet Private Bank ressalta como a anormalidade desta pandemia fez com que as avaliações dos ativos fossem mais descontadas do que em outras crises passadas.

Para ele, há sinais de que devido ao posicionamento de governos e bancos centrais, podemos ter uma recuperação que proporcionará a volta de uma demanda por bens e serviços que hoje está reprimida.

Bill conta que mesmo com a crise ainda mantém sua posição para aproveitar a revolução tecnológica na manufatura tradicional, focando na indústria automobilística.

“O impacto das energias renováveis ​​nos transportes é uma enorme tendência de crescimento que só vai se intensificar, só que agora o valor desses estoques foi descontado indiscriminadamente.”

As empresas-alvo de Bill compreendem a fabricação de baterias, softwares e ferramentas de digitalizações. Outra ideia é que commodities que hoje estão baratas, como o cobre, podem ser um ótimo investimento já que sua demanda deve aumentar quando as economias retomarem suas atividades.

 

 

E por último, o diretor também fala que pode até parecer um pouco incomum, mas o desperdício de alimentos é um bom investimento. Isso porque restaurantes e cafés jogam diariamente toneladas de alimentos não consumidos fora, mas que podem ser redistribuídos aos necessitados.

“Nós temos a tecnologia para fazer isso acontecer. Aplicativos de empresas como Karma e Too Good To Go vinculam consumidores a restaurantes para impedir que alimentos entrem no lixo.”

Bill finaliza dizendo que os investidores estão acelerando a tendência e assumindo participações nesses empreendimentos, ajudando o planeta e a eficiência dos negócios simultaneamente. Embora os restaurantes tenham sido fechados pela pandemia, logo voltarão.

 

Clara Bullrich

A sócia da Alvarium Investments e cofundadora da The Ventury City fala da importância da adoção de medidas digitais para os setores durante a pandemia.

Clara está posicionada em empresas que fornecem ferramentas para aumento da produtividade, assistência médica, entretenimento, educação e segurança cibernética.

“O crescente armazenamento de dados na nuvem aumentará o risco das informações pararem em pessoas erradas. O Zoom, por exemplo, recentemente teve problemas com invasores. Portanto, as soluções de segurança cibernética serão bastante procuradas.”

A cofundadora da Ventury City também aposta que clínicas e hospitais aumentarão a implementação da telemedicina. Já uma outra ideia citada por ela envolve um ativo mais alternativo.

O investimento seria o colecionamento de obras de arte de artistas como Diego Singh, que já proporcionaram a Clara uma valorização de 600% desde seu preço de compra até hoje.

 

 

Jack Ablin

O diretor de investimentos da Cresset relatou aos redatores da Bloomberg que investiria um milhão de dólares em private equity. Assim, também forneceria liquidez para aqueles que quisessem sair da posição.

“Investir em private equity requer muito capital, principalmente para obter diversificação adequada entre diferentes setores e diferentes anos de safra.”

Aqueles que adquirem as cotas de outros investidores que entraram primeiro têm praticamente a total visibilidade do que estão recebendo, já que os fundos existem há alguns anos.

Para Jack, existem fundos de private equity que se concentram em entretenimento e restaurantes, um setor inteiro da economia que praticamente foi colocado no gelo.

O diretor da Cresset ressalta que também investe em outro tipo de ativo alternativo.

“Minha paixão é o beisebol, principalmente as estatísticas e o histórico do jogo. Tenho alguns itens como scorecards, bolas e sacolas autografadas. Um cartão de Mickey Mantle de 1952 foi vendido recentemente por US $ 2,88 milhões em leilões Heritage, enquanto uma das camisetas de Babe Ruth foi leiloada em junho de 2019 por US $ 5,64 milhões, um recorde para um memorando esportivo.”

 

Jeremy Larner

O revendedor de arte e fundador da JKL World Wide afirma que seu foco está em ativos alternativos do segmento de obras de arte.

“Estou vendendo artistas mais jovens e comprando arte original. Quando as coisas voltarem ao normal, alguns dos artistas emergentes podem não estar mais na moda. Os artistas blue chip, no entanto, continuarão resistindo ao teste do tempo.”

Jeremy baseia sua escolha na escassez de quadros clássicos como os Gustons, onde a procura por eles continuará no cenário pós-covid. Outros artistas renomados que estão em sua mira são Joan Mitchell, Cecily Brown e Christopher Wool. A escolha de obras desses artistas lhe dá segurança quanto a venda.

O revendedor de arte relata que possui de US$ 10 milhões a US$ 15 milhões para gastar em oportunidades.

“Acabei de vender cerca de uma dúzia de obras de arte emergentes, com preços que variam de US$ 20.000 a US $250.000. Isso incluiu vários trabalhos do artista ganês Amoako Boafo por US$ 75.000 a US$ 150.000 que eu comprei diretamente do artista por US$ 10.000 cada.”

Jeremy é outro especialista que também visa ativos alternativos. Para ele, os imóveis são sua outra escolha.

“Em uma casa de US$ 3 milhões nos Hamptons as pessoas pagam entre US$ 150.000 e US$ 200.000 por uma temporada.”

Alugar este imóvel nestas condições proporcionaria um yield de 5% a 6% em apenas uma temporada.

 

 

Bruce Lee

O fundador da Keebeck Wealth Management aposta em seguimentos parecidos com os de Clara. Para ele, o distanciamento social impulsionará a tecnologia. E, como as pessoas não gostam de ser mordidas duas vezes, então os cuidados com a saúde também serão um tema importante.

“Quando 37% das pessoas podem trabalhar fora do escritório, os escritórios domésticos explodem, então qualquer coisa relacionada a computadores e telecomunicações explodirá.”

Bruce também ressalta que a administração de alimentos e medicamentos dos EUA pode evoluir.

“O mercado foi informado de que as pandemias custam muito dinheiro. Suponha que o custo de não estar preparado para esta seja entre US $ 7 trilhões e US $ 10 trilhões.”

O fundador da Keebeck também ressalta a importância da retomada de sua antiga rotina.

“Quando olho para a vida antes e depois do Covid, quero coisas que ajudem a recuperar minhas liberdades, porque no mês passado elas foram tiradas de mim e os cuidados com a tecnologia, a saúde e os animais de estimação me ajudaram.”

Já quando o assunto é ativo alternativo, Bruce relata que possui uma enorme coleção de vinhos, além de outros ativos alternativos inusitados. Segundo ele, sua segunda coleção contempla 30 assinaturas dos maiores mafiosos que já existiram.

O último especialista consultado pela Bloomberg finaliza dizendo que como os recursos educacionais serão reduzidos, ele adoraria encontrar maneiras de oferecer educação infantil em artes e música.

“Eu realmente amo música e arte e adoraria dar às crianças acesso a isso.”

 

Para ler a matéria completa, acesse:

https://www.bloomberg.com/features/how-to-invest-a-million-dollars/?utm_source=facebook

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