Quando o assunto é a rentabilidade dos investimentos, os juros compostos podem fazer toda a diferença. Afinal, os seus efeitos conseguem potencializar o retorno de uma carteira ao longo do tempo.
Logo, entender o que são esses juros, como eles funcionam e a forma de calculá-los é fundamental para quem investe. Com esse conhecimento, você poderá melhorar as suas escolhas e aumentar as chances de alcançar os seus planos e objetivos financeiros.
Confira neste post como usar os juros compostos para potencializar os seus investimentos. Não perca!
O que são juros?
No mercado financeiro, o termo “juros” costuma ser usado para definir a remuneração pelo empréstimo de uma quantia financeira.
Em um negócio dessa espécie, você encontra duas principais figuras: o credor e o devedor. O primeiro será aquele que empresta o dinheiro e, por isso, recebe os juros. Já a segunda parte será aquela que toma a quantia emprestada e se compromete a devolvê-la com juros.
Normalmente, os juros são estipulados conforme o grau de risco que o devedor oferece. Isto é, quanto maiores forem as chances de ele se tornar inadimplente, maiores serão as taxas cobradas. Por outro lado, quando o risco é baixo, a tendência é que os juros também sejam.
Além disso, os juros podem ser cobrados de forma simples e composta. A depender da modalidade utilizada, o resultado do empréstimo pode ser diferente. Por isso, é importante compreender o funcionamento de cada um deles.
Como funcionam os juros simples e os juros compostos?
Até aqui, você entendeu que os juros são usados para remunerar um credor diante de um empréstimo. Além disso, você viu que essa remuneração pode acontecer de duas principais formas: os juros simples e os compostos.
Veja abaixo como cada um deles funciona!
Juros simples
A forma mais básica de juros é a simples. Ela é bastante comum nos empréstimos e financiamentos bancários — como quando você compra veículos ou imóveis ou acessa um crédito pessoal, consignado, entre outros.
Nos juros simples, a taxa recai sobre a quantia emprestada e sempre estará relacionada a ela. Ou seja, os juros agem apenas sobre a quantia inicial. Comumente, ela é expressa em um percentual anual, sendo fixada no início da contratação, mas pode ser observada em períodos menores.
Por exemplo, imagine que sobre R$ 1.000,00 emprestados seja aplicada uma taxa de juros de 10% ao mês. Ou seja, a cada mês a conta aumentará R$ 100. Assim, no primeiro mês, o total será R$ 1.100,00, no segundo R$ 1.200,00, no terceiro R$ 1.300,00 e assim por diante.
Juros compostos
Por sua vez, os juros compostos possuem uma complexidade maior de cálculo. Isso porque a taxa não age apenas sobre a quantia inicial, mas sobre o seu valor atualizado (principal + juros). Por conta desse funcionamento, ele também é conhecido como juros sobre juros.
O seu uso é mais comum em investimentos, escalonando a rentabilidade obtida. Porém, quando aplicado em dívidas, eles podem ser bastante prejudiciais ao devedor. Usando o mesmo exemplo anterior, você teria um resultado diferente a partir do segundo mês.
Assim sendo, no primeiro mês o seu resultado seria os mesmos R$ 1.100,00. Já no segundo mês, os juros incidirão sobre R$ 1.100,00, resultando em R$ 1.210,00. No terceiro mês, os juros terão como base os R$ 1.210,00, totalizando R$ 1.331,00 e assim sucessivamente.
Como calcular os juros compostos?
Agora que você viu o funcionamento dos juros na modalidade simples e composta, é pertinente conhecer a forma de calculá-los. Matematicamente, os juros simples e compostos são expressos pelas seguintes fórmulas:
- juros simples: M = C (1 + i x t);
- juros compostos: M = C (1 + i) ^ t.
Em ambas, M corresponde ao resultado total acumulado, C diz respeito ao montante inicial, i é a taxa de juros aplicada e t refere-se ao tempo. Destaca-se que o tempo pode ser expresso em dias, meses ou anos — dependendo da forma que a taxa de juros é definida.
Veja a diferença de resultados obtidos com o cálculo dos juros simples e juros compostos, usando os dados do exemplo inicial.
Período | Montante com juros simples | Juros simples 10% ao mês | Montante com juros compostos | Juros compostos 10% ao mês | Diferença em relação aos juros simples |
Valor Inicial | 1.000,00 | + 100,00 | 1.000,00 | + 100,00 | 0,00 |
1º mês | 1.100,00 | + 100,00 | 1.100,00 | + 110,00 | 0,00 |
2º mês | 1.200,00 | + 100,00 | 1.210,00 | + 121,00 | 10,00 |
3º mês | 1.300,00 | + 100,00 | 1.331,00 | + 131,10 | 31,00 |
4º mês | 1.400,00 | + 100,00 | 1.464,10 | + 146,41 | 46,41 |
5º mês | 1.500,00 | + 100,00 | 1.610,51 | + 161,05 | 110,51 |
Como usar os juros compostos para potencializar seus investimentos?
Sabendo que os juros compostos têm um efeito maior que os juros simples, chegou o momento de aprender como potencializar a sua carteira. É necessário destacar que todos os investimentos oferecem juros compostos — sejam de renda fixa ou variável.
Contudo, nos investimentos de renda fixa, as regras de rentabilidade são conhecidas pelo investidor desde o início. Isso traz maior previsibilidade e segurança para quem investe. Já na renda variável, a ação dos juros compostos é indireta, pois não é possível antever os seus resultados.
Nesse contexto, os investimentos de renda variável tendem a ser mais arriscados, podendo inclusive trazer resultados negativos. Independentemente da escolha, os efeitos dos juros compostos serão maiores ao longo do tempo.
Dessa forma, uma boa estratégia para você se beneficiar dos juros compostos é investir visando o longo prazo. Esse tipo de investimentos visa períodos superiores a 5 anos. Então, como o tempo influencia no efeito dos juros, a diferença dos resultados entre investimento de 5, 10, 20 ou 30 anos pode ser surpreendente.
Outra dica, nesse sentido, é realizar aportes frequentes. Como você viu, os juros compostos agem sobre a quantia total do investimento (principal + juros). Portanto, quanto maior for o montante investido, maior serão os resultados trazidos pelos efeitos dos juros compostos.
Além disso, é válido considerar a estratégia de diversificação da sua carteira. Com ela, é possível mitigar os riscos ao mesmo passo em que os ganhos são potencializados. Assim, pode valer a pena recorrer a investimentos alternativos — a exemplo dos oferecidos pela Hurst.
Conclusão
Neste artigo, você aprendeu que os juros compostos nos investimentos agem sobre o valor principal somado aos juros anteriores. Portanto, ao investir, não deixe de considerar estratégias que explorem o potencial dos seus efeitos e conte com os ativos alternativos para ampliar a diversificação do portfólio.
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