Os distressed assets, também conhecidos como ativos podres ou estressados, são uma classe que cresce muito em períodos de crise econômica como o que vivemos em 2020.
Recebem esse nome porque são ativos que, por algum motivo, foram depreciados. Os distressed assets podem ser provenientes de massas falidas ou de dívidas judiciais, por exemplo.
Sabendo de todas essas características dos distressed assets, o investidor pode estar se perguntando se essa é realmente uma forma segura de investir, correto?
É essa a dúvida que iremos sanar neste artigo.
Diferença entre risco e segurança
Antes de tudo é importante ter em mente que não existe investimento 100% seguro. Todos os produtos disponibilizados no mercado financeiro ou alternativo possuem riscos, alguns maiores e outros menores.
Por isso é tão importante que antes de escolher onde investir você já tenha o seu perfil de investidor bem definido – assim, saberá exatamente a quais riscos você está disposto a se expor.
Em linhas gerais, os distressed assets possuem riscos assim como toda forma de investir. O fato de serem ativos problemáticos não torna essa classe de ativos mais ou menos segura.
Mas os distressed assets em sua maioria são, sim, ativos com um risco maior.
Porém, falando especificamente sobre a segurança na hora de investir, escolher o banco, corretora ou plataforma que irá intermediar esse investimento é o que irá garantir maior segurança na transação.
Isso porque a originação de um ativo nessa categoria requer uma análise ainda mais profunda que identifique todos os aspectos que envolvem os distressed assets em questão e se realmente existem chances de que ele se recupere e gere retornos.
Se usarmos como exemplo o investimento em uma companhia que declarou falência, o retorno ao investir irá depender da sua recuperação e por isso é tão importante que a originação seja feita por profissionais capacitados e com vasta experiência no setor.
É importante que sejam analisados aspectos como administração, acionistas e credores, documentações financeiras, caixa, capacidade de geração de renda, entre outros.
Onde investir em distressed assets?
Com essas orientações em mente, é ideal que o investidor analise alguns pontos na hora de escolher qual plataforma usar para investir em distressed assets.
Existem corretoras que oferecem a opção de investimento em fundo abutres, que reúnem todo um pacote com esses ativos, ou em produtos específicos, como títulos de dívida.
Independente de qual for sua escolha, os seguintes pontos devem ser levados em consideração:
- Checar se a plataforma ou corretora seja autorizada pela CVM ou Banco Central;
- Analisar as experiências anteriores os originadores envolvidos no processo;
- Se possível, escolher uma instituição financeira que deixe claro seu processo de due diligence e que tenha interesses alinhados aos seus;
- Busque operações anteriores que já foram oferecidas pela instituição e se foram concluídas com sucesso.