É seguro investir em royalties musicais? Entenda!

O mercado da música faz parte do cotidiano das pessoas, tanto em eventos culturais, como no dia a dia. A partir da chegada dos serviços de streaming de música, por exemplo, o acesso se tornou ainda mais democrático. Em um cenário como esse, investir em royalties musicais pode ser atraente. 

Ao mesmo tempo, é necessário considerar que existem riscos nesse tipo de oportunidade. Logo, você deve compreender quais são os impactos que os royalties podem causar. Dessa forma, você poderá tomar uma decisão mais alinhada para o seu portfólio. 

A seguir, veja como funciona investir em royalties de música e entenda se essa opção é segura! 

O que são royalties musicais?  

Os royalties musicais são direitos de recebimento sobre obras relacionadas ao mercado fonográfico. Por meio deles, os profissionais que detêm direitos autorais sobre obras musicais recebem os pagamentos relacionados à execução ou licenciamento das canções. 

No caso do mercado brasileiro, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) é a entidade responsável por apurar, receber e distribuir os pagamentos entre os profissionais. Além disso, existem diversos detentores de direitos autorais. 

Portanto, muitas pessoas podem receber os royalties musicais. O mais comum é o direito do compositor, que recebe uma parte dos valores sempre que a canção gera algum tipo de lucro. O intérprete também pode ganhar parte dos royalties. Porém, ele só terá acesso aos valores referentes à própria gravação. 

Para entender melhor, considere determinada música, que é interpretada por um cantor. Se essa música for utilizada em um filme ou se for tocada na plataforma de streaming, o mais comum é que o intérprete e o compositor recebam os valores. 

Agora imagine que essa música foi regravada por uma cantora. Se a música for executada nas plataformas de streaming, a cantora e o compositor poderão receber royalties, mas o cantor original não — já que ele não é intérprete e não detém outros direitos autorais. 

Como funciona o investimento em royalties musicais?   

Agora que você sabe o que são os royalties musicais, vale a pena saber como funciona o investimento neles. Nesse cenário, a operação começa com o detentor dos direitos autorais, que pode optar por negociar os royalties por um determinado período. 

É o caso de um compositor que decide negociar o direito de receber os royalties por um período de 12 meses, por exemplo. Em troca, ele recebe o valor previsto de modo adiantado e com uma taxa descontada. 

Considere um compositor que costuma receber R$ 10 mil em royalties por mês. Se ele vender os direitos autorais por 12 meses, ele pode receber, à vista, um valor um pouco menor que R$ 120 mil — em troca da cessão dos royalties musicais. 

A partir disso, a empresa que adquiriu esses ativos reais passa a ter o direito de receber os royalties. Logo, durante o período de contrato, os repasses do Ecad seguirão para quem comprou os direitos autorais. 

O lucro é obtido pela diferença entre os valores efetivamente recebidos e o que foi pago ao detentor original dos direitos. Se o compositor tiver recebido R$ 100 mil pelos direitos de 1 ano e, nesse período, o pagamento do Ecad for de R$ 120 mil, essa diferença positiva é o lucro da operação. 

Os resultados também podem ser melhores se houver um aumento no volume de streamings das canções com direitos negociados, por exemplo. Se a canção for usada em uma novela, é possível que haja uma maior procura por parte do público, gerando mais pagamentos pelo serviço de streaming e mais repasses pelo Ecad. 

Ainda, há a questão do desenvolvimento do mercado musical. Quanto mais pessoas usarem o streaming, maior tende a ser o número de execuções das músicas e maiores poderão ser os pagamentos. 

Investir em royalties musicais é seguro?  

Outro aspecto para considerar sobre o investimento em royalties musicais envolve a segurança dessa alternativa. Antes de determinar se essa oportunidade é segura, você deve compreender que todo investimento apresenta riscos. 

Mesmo investimentos conservadores de renda fixa, por exemplo, têm riscos — como o risco de a emissora do título não pagar os investidores. Por conta disso, é fundamental entender que investir é, em certo grau, assumir riscos. 

No caso dos royalties musicais, um dos riscos inclui o fato de não ser possível prever de quanto serão os pagamentos em cada mês. Como o valor depende do número de reproduções nos serviços streamings, por exemplo, o desempenho pode flutuar. 

Também existe um risco regulatório, caso ocorram mudanças na legislação dos direitos autorais ou da presença de serviços de streaming no mercado brasileiro. Situações como essas podem fomentar a pirataria e levar a quedas na receita. 

Por outro lado, existem mitigantes desses riscos. O principal deles é o cenário no qual os serviços de streaming de música estão inseridos. 

Até 2026, por exemplo, é esperado que o mercado de música digital movimente US$ 36,8 bilhões de dólares em todo o mundo. O resultado representa um avanço de mais de 50% sobre o desempenho estimado de US$ 24,5 bilhões para 2022. 

Além disso, até 2030 as receitas obtidas a partir do streaming responderão por mais de 80% do mercado musical. Então a expectativa é que cada vez mais pessoas usem os recursos, gerando pagamentos de direitos autorais mais elevados. 

Por que esse tipo de investimento pode ser interessante?  

Como você acompanhou até aqui, o investimento em royalties musicais tem riscos, mas também apresenta um potencial interessante. Nesse sentido, vale a pena saber quais são os benefícios de recorrer a essa alternativa. 

Um dos principais aspectos é que os royalties musicais são ativos reais e compõem investimentos alternativos. Assim, você consegue diversificar a sua carteira ao não focar apenas nos ativos convencionais. 

Por serem alternativos, os royalties estão descorrelacionados do mercado tradicional. Então mesmo diante de uma crise econômica que afete outros investimentos, por exemplo, o consumo musical pode se manter, garantindo os pagamentos de royalties. 

Também vale considerar a relação entre risco e retorno. Como não é possível garantir quais serão os pagamentos dos direitos musicais, a tendência é que o investimento apresente um potencial maior de retorno. Com isso, você tem a chance de acelerar a conquista dos seus objetivos. 

Agora você sabe o que são os investimentos em royalties musicais e como essas opções podem ser interessantes para a sua carteira. Com o alinhamento dos riscos ao seu perfil de investidor e aos seus objetivos financeiros, é possível aproveitar essa oportunidade. 

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