Vale a pena fazer investimento em títulos públicos?

No momento de investir, é fundamental conhecer as oportunidades que estão disponíveis no mercado financeiro. Além disso, é essencial ponderar as suas necessidades e características como investidor. 

Entre as decisões, é importante considerar se vale a pena fazer o investimento em títulos públicos, por exemplo. Afinal, eles estão entre as principais aplicações do mercado financeiro, mas podem não estar alinhados às necessidades de todos os investidores. 

Pensando nisso, este artigo visa ajudá-lo a entender se o investimento em títulos públicos está alinhado às suas expectativas e à sua estratégia de investimento. 

Confira! 

O que são os títulos públicos? 

Os títulos públicos brasileiros são emitidos pelo Tesouro Nacional e servem para captar recursos e financiar as atividades do Governo Federal. Entre elas, estão os gastos com educação, infraestrutura e pagamento da dívida pública. 

Dessa forma, quem faz o investimento nessa alternativa está comprando títulos da dívida brasileira. Como essas aplicações são de renda fixa, elas apresentam uma lógica de rentabilidade, que é conhecida antes do aporte. 

Como os títulos públicos funcionam? 

Em relação ao funcionamento, vale entender que os títulos públicos são semelhantes a diversas outras opções de renda fixa. Portanto, eles funcionam como um empréstimo. Ao investir, você passa a ser uma espécie de credor do emissor — o Governo Federal. Em troca, há o recebimento de rentabilidade nas condições acordadas. 

Já sobre a segurança, os títulos públicos são inteiramente garantidos pelo Tesouro Nacional. Ademais, o Governo é a instituição mais estável do país. Por isso, essas aplicações têm o chamado risco soberano, o que as torna mais seguras. 

Em relação à liquidez, os títulos públicos têm liquidez diária. Isso é possível porque o Tesouro garante a recompra de todos os títulos e permite que o resgate seja feito em qualquer dia após o aporte. Contudo, pode haver risco de perda no resgate antecipado — como você verá adiante. 

Quais são os principais títulos públicos? 

Após conhecer as características gerais dos títulos públicos, é importante saber quais são os tipos existentes. Desse modo, você terá mais informações para definir se essas opções são adequadas para as suas necessidades. 

Acompanhe! 

Tesouro Prefixado 

O Tesouro Prefixado é um título que possui taxa de rentabilidade definida antes da realização do aporte — por exemplo, 10% ao ano. Assim, quem investe no Tesouro Prefixado sabe exatamente o quanto receberá no resgate, caso mantenha o investimento até o vencimento. 

Também existe o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, que prevê o recebimento semestral da rentabilidade, sem que seja necessário se desfazer da aplicação.  

Porém, o Tesouro Prefixado sofre o efeito da marcação a mercado. Esse é um mecanismo de precificação diária, que faz com que o preço das aplicações varie antes da data de vencimento. Logo, apesar da liquidez diária, você pode sofrer perdas se fizer um resgate antecipado, pois o título será vendido pelo preço do dia. 

Tesouro Selic 

O Tesouro Selic tem rentabilidade pós-fixada e atrelada à variação da taxa básica de juros da economia brasileira — a Selic. Portanto, em momentos de alta desse indicador econômico, o retorno do título se torna maior. Já se a Selic for reduzida, a rentabilidade obtida com o Tesouro Selic também cai. 

Em julho de 2022, por exemplo, a Selic estava em 13,25% ao ano. Logo, o Tesouro Selic terá esse mesmo rendimento anual — e o percentual oscilará de acordo com os movimentos da taxa ao longo do tempo. 

Vale saber que o rendimento do Tesouro Selic é diário, o que reduz eventuais efeitos negativos da marcação a mercado. Logo, essa aplicação pode ser resgatada a qualquer momento sem perdas. 

Tesouro IPCA 

Já o Tesouro IPCA é do tipo híbrido. Ou seja, sua rentabilidade é composta por uma taxa prefixada mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Assim, esse é um título público atrelado à inflação. 

Logo, ao manter o investimento até o vencimento, você protege o seu dinheiro da perda do poder de compra gerado pela inflação. Contudo, se houver resgate antecipado do Tesouro IPCA, há o efeito da marcação a mercado. Dessa forma, só existe a garantia de retorno se a aplicação for levada até o prazo final. 

Ainda, existe o Tesouro IPCA com pagamento de juros semestrais. Como esse tipo de título costuma ser de longo prazo, a alternativa com rendimento periódico pode ser interessante para quem deseja obter uma fonte de renda passiva. 

Vale a pena fazer o investimento em títulos públicos? 

Como você viu, os títulos públicos apresentam condições versáteis de prazo e retorno. Por esse motivo, eles podem se adequar a investidores com diferentes objetivos e estratégias.  

Ademais, devido ao risco soberano, esses investimentos também podem se alinhar à carteira dos investidores que buscam mais segurança e previsibilidade de rendimento. 

O Tesouro Selic, por exemplo, pode ser útil para compor a reserva de emergência. Como ele oferece segurança e liquidez diária, esse é um título que permite que seu dinheiro esteja disponível para o uso conforme suas necessidades. 

Já o Tesouro IPCA pode ser interessante para quem deseja proteger a carteira contra a inflação ou pretende se preparar para a aposentadoria. 

Contudo, concentrar todos os seus recursos em títulos públicos pode não ser a melhor alternativa. Em vez disso, é fundamental ter uma estratégia de diversificação. 

Essa abordagem funciona por meio da escolha de ativos descorrelacionados ou com correlação negativa. Ou seja, o esperado é que os investimentos tenham riscos e comportamentos diferentes diante de um mesmo cenário. Assim, é possível mitigar parte dos riscos do seu portfólio. 

Como compor uma carteira diversificada? 

Até aqui, você viu como os títulos públicos funcionam e também descobriu que é importante montar uma carteira diversificada. Para compor seu portfólio com base nessa abordagem, comece identificando seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros. 

Com esses fatores definidos, você poderá traçar uma estratégia de investimentos que oriente suas escolhas. Assim, além de optar por investimentos com prazos diferentes, é possível escolher alternativas com riscos distintos, de acordo com as oportunidades do mercado. 

Os investimentos alternativos, por exemplo, podem ajudar nessa tarefa. Entre eles, estão os precatórios, que são dívidas que o poder público passa a ter com quem venceu uma ação judicial contra o Estado. Os precatórios federais possuem o risco de crédito equiparável aos títulos do Tesouro, por exemplo. 

A partir de uma empresa de ativos alternativos, você pode investir em precatórios e ter a chance de obter ganhos a médio e longo prazo. Além disso, há outros exemplos de investimentos alternativos, como: 

  • ativos imobiliários; 
  • biotecnologia. 

Na comparação com os títulos públicos, eles têm mais riscos, mas também podem trazer mais rentabilidade — especialmente considerando prazos maiores. Assim, com os investimentos alternativos, você pode compor uma carteira mais sólida e diversificada e acelerar a construção do seu patrimônio. 

Com essas informações, você pode agora começar a avaliar se o investimento em títulos públicos está adequado às suas necessidades. Ainda que eles façam sentido para você, considere que é essencial montar um portfólio diversificado para otimizar os resultados — e, nesse aspecto, os investimentos alternativos podem ajudar. 

Ficou interessado nas oportunidades de diversificação do mercado financeiro? Então conheça as opções disponíveis na Hurst Capital! 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *